D.
Orani João Tempesta
Cardeal
Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro
No quarto domingo, celebramos a vocação dos
leigos e leigas e, como coincide com o último domingo do mês, comemora-se
também o dia do catequista. A Igreja insiste hoje no protagonismo dos leigos,
seja nos âmbitos da fé e da comunidade eclesial, mas preferencialmente na
esfera do mundo. O leigo cristão tem a missão de ser o fermento de
transformação profunda das realidades temporais, vivendo na comunhão da Igreja.
Os Leigos são cristãos que têm uma missão especial na Igreja e na sociedade. Pelo batismo, receberam essa vocação que devem vivê-la intensamente a serviço do Reino de Deus. Na Igreja existem as diversas vocações: a sacerdotal, a diaconal, a religiosa e a leiga. Todas são muito importantes e necessárias, pois brotam do Batismo, fonte de todas as vocações.
Os Leigos são cristãos que têm uma missão especial na Igreja e na sociedade. Pelo batismo, receberam essa vocação que devem vivê-la intensamente a serviço do Reino de Deus. Na Igreja existem as diversas vocações: a sacerdotal, a diaconal, a religiosa e a leiga. Todas são muito importantes e necessárias, pois brotam do Batismo, fonte de todas as vocações.
Dentro da comunidade eclesial, os leigos são
chamados a desempenhar diversas tarefas: catequista, Ministro Extraordinário da
Comunhão Eucarística, agente das diferentes pastorais, serviço aos pobres e aos
doentes. São chamados, também, a colaborar no governo paroquial e diocesano,
participando de conselhos pastorais e econômicos. Não como simples
colaboradores do bispo e dos padres, mas como membros ativos da comunidade,
assumindo ministérios e serviços para o engrandecimento da Igreja de Cristo.
Catequista é aquele/aquela que se coloca a
serviço da Palavra, que se faz instrumento para que a Palavra ecoe. O Senhor
chama você para que, através da sua vida, da sua pessoa, da sua comunicação, a
Palavra seja proclamada, Jesus Cristo seja anunciado e testemunhado.
A vocação do catequista: ser catequista é ter
consciência de ser chamado e enviado para educar e formar na fé. Sabemos que há
diversidade de dons e de ministérios, mas o Espírito Santo é o mesmo. Existem
diversos modos de ação, mas é o mesmo Deus que age em todos e realiza tudo em
todos. É assim que nos diz a Bíblia, a Palavra de Deus. Carisma é um dom do
alto, que torna seu portador apto a desempenhar determinadas atividades e
serviços em vista da evangelização e da salvação. Todo catequista tem um
carisma e recebe este dom, que assume a forma do serviço da catequese na
comunidade. É uma graça acolhida e reconhecida pela comunidade eclesial, que
comporta estabilidade e responsabilidade. Ser catequista é uma vocação e uma
missão.
A missão dos catequistas: uma das
preocupações fundamentais da Igreja hoje é a formação de seus agentes
pastorais. Temos necessidade de muitos e santos evangelizadores. A vocação é
essencialmente eclesial e está destinada ao serviço e ao bem da comunidade. A
Igreja, como assembleia dos vocacionados à santidade, tem o compromisso e o
dever de preparar adequadamente, seus filhos e filhos para que realizem, com
fé, amor e eficácia, o projeto de evangelização.
A pessoa do catequista é fundamental para a
vida da Igreja. Por meio dela a Igreja vai exercendo de um modo específico a
“educação da fé”. Bela missão, rica de possibilidades e, também, de desafios
imensos. Ao percorrer um ano de atividades, nas suas mais variadas expressões e
condições, segundo as diversas realidades pessoais, culturais, geográficas e
mesmo de experiência de fé, convidamos todas as pessoas que exercem essa bela e
árdua missão a lançarem um olhar sobre o caminho percorrido para avaliação e um
olhar para o futuro, para programação.
O documento Catequese Renovada, números
144-151, apresenta um roteiro geral sobre a missão de catequista, que podemos
assim resumir:
O catequista exerce sua missão em nome de
Deus e da comunidade profética, em comunhão com os pastores da Igreja;
O catequista anuncia a Palavra e denuncia
tudo o que impede o ser humano de ser ele mesmo e de viver sua vocação de filho
de Deus;
O catequista ajuda a comunidade a interpretar
criticamente os acontecimentos, a libertar-se do egoísmo e do pecado e a
celebrar sua fé na Ressurreição.
Contudo, para cumprir bem sua missão, o
catequista deve ser uma pessoa inserida na comunidade eclesial, ter um espírito
de abertura e humildade para procurar sempre crescer. É indispensável que o
catequista tenha uma experiência pessoal e comunitária da fé para que sua
missão seja frutuosa. Importante, ainda, é a participação do catequista em
cursos de capacitação, mas é necessário também que tenha consciência de ser
membro de uma equipe que trabalha para o mesmo objetivo e por isso deve
cultivar uma vida comum, refletir, organizar, trabalhar e avaliar junto e,
ainda, celebrar comunitariamente a fé e a missão.
Cumprimento, com grande gratidão, a todos os
catequistas de nossa Arquidiocese e agradeço, de coração, seu generoso trabalho
de “transmissores da fé” aos nosso catequisandos. A todos os catequistas invoco
a proteção e a bênção da Santíssima Trindade para o seu generoso e precioso
trabalho pastoral. Deus vos abençoe!