A
Paróquia São Rafael Arcanjo, em Vista Alegre, que tem 478
catequizandos e 50 catequistas, tem procurado atravessar a realidade
da pandemia vivenciando a catequese em casa com as famílias.
Segundo
a coordenadora paroquial, Lourdes Maria Gomes Silva, a catequese está
sendo realizada através de atividades em vídeos, áudios e
transmissões das missas, celebradas pelo pároco, padre Alberto
Gonzaga Almeida, que muito tem apoiado as iniciativas para favorecer
os catequizandos. “Nos vídeos desenvolvemos atividades com o livro
da catequese, incentivando as crianças e as famílias a fazerem as
leituras bíblicas, e depois, postar as reflexões. Trocamos vídeos,
fotos, tiramos dúvidas, cumprindo nosso compromisso com Jesus”,
disse.
Lourdes
Maria acrescentou que o compromisso maior é a participação das
missas dominicais através das transmissões realizadas pelas mídias
da paróquia. “Através de fotos e vídeos diminuímos as saudades
da nossa paróquia, de nosso pároco, das crianças e catequistas”,
disse Lourdes Maria.
Algumas
atividades são criadas pela coordenação, outras pelo próprio
catequista da turma, de acordo com sua realidade. “Assim, crianças,
famílias e catequistas não deixam de viver os ensinamentos de
Jesus”, afirmou Lourdes Maria.
MANDATO
DA MISSÃO
Catequista
há 28 anos, Lourdes Maria contou que começou como ajudante, depois
como catequista auxiliar. “Em pouco tempo, assumi uma turma e até
hoje, conduzida pelo Espírito Santo, continuo sendo instrumento de
Deus para os pequenos e as famílias.
Muitas
foram e são minhas experiências no âmbito de ensinar o amor de
Deus para as crianças”, disse.
Além
da de coordenar a catequese paroquial, Lourdes Maria também é
responsável pela coordenação vicarial da Catequese Especial, um
seguimento da Iniciação a Vida Cristã no Vicariato Leopoldina.
Também é catequista de Catequese Regular e Especial com formação.
“As
experiências com crianças e especiais tornaram-me uma pessoa mais
fiel ao mandato de Jesus: ‘Ide, pois, e ensinai a todas as nações’
(Mt 28,19). Os catequizandos são marcantes no cumprimento da
minha missão. Cada encontro é uma experiência nova. Muitas vezes,
sou catequizada por meus pequenos, outras sou testemunho. Famílias
que nos buscam como consolo. São agradecidas com mudanças de
comportamento de seus filhos. Famílias que através dos
catequizandos conseguem alcançar uma conversão diária”, contou.
COM
A FORÇA DO ESPÍRITO SANTO
Nesse
tempo de pandemia de isolamento social, Lourdes Maria contou que
começou a elaborar projetos e a procurar alcançar objetivos através
das mídias sociais. “Por
muito tempo, as redes sociais foram um instrumento que nos afastou,
hoje nos aproxima. Começamos com as missas online em nossa paróquia,
pedindo para as crianças participarem e darem retorno. Uma das ações
foi no Domingo de Ramos, quando pedimos para que todos colocassem
ramos em suas portas e janelas, celebrando a entrada de Jesus em
Jerusalém. No Domingo de Páscoa, pedimos pra colocarem toalhas
brancas nas janelas. Está dando certo; temos colhido muitos frutos”,
afirmou.
Durante
a semana, acontecem outras atividades através de vídeos ou áudios.
Neste mês de maio, dedicado a Virgem Maria, os catequizandos foram
orientados a ter o compromisso de rezar todos os dias para Nossa
Senhora em família.
“Mesmo
com todas as dificuldades da pandemia, procuro, como catequista,
cumprir a minha missão. Sei que, quem nos sustenta é o Espírito
Santo de Deus, que age em nós”, completou Lourdes Maria.
TESTEMUNHAS
DO REINO
Junto
com Lourdes Maria, outras catequistas da Paróquia São Rafael
Arcanjo receberam o chamado para serem testemunhas do Reino de Deus.
Ana Cristina Lamberg permanece intensificando as orações diárias,
a recitação do terço, por vídeo, com a família e as missas
online.
“A
pandemia está sendo uma experiência nova para todos. Porém, estou
tentando diminuir a saudade que sinto dos meus catequizandos,
mandando mensagens via WhatsApp e mensagens por vídeo”, disse Ana
Cristina.
Já
Maria Tereza Quintela sente falta da convivência da comunidade
paroquial. “Sinto
falta dos meus adolescentes, dos nossos encontros catequéticos e das
experiências trazidas por eles. Também dos sorrisos quando nos
encontramos nas missas, e a vontade enorme que eles sentiam em
encontrar Jesus na Primeira Eucaristia”, disse Maria Tereza.
Fonte: Jornal Testemunho de Fé, edição 1.003, página 11.