segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Continuando a falar sobre casa ...


Em julho deste ano, o 9º Congresso Arquidiocesano tratou da Paróquia, como casa da iniciação à vida cristã. Este pano de fundo também esteve presente em nossa Assembleia, ocorrida no último dia 9 de novembro, na Paróquia Nossa Senhora de Loreto, com a presença de quase 1.000 catequistas de todos os Vicariatos.
O que dizer da 35ª Assembleia Arquidiocesana da Iniciação à Vida Cristã, cujo tema foi “Paróquia, casa de portas abertas”? Qual termo usar? Iluminada, talvez seja a expressão mais correta.
Nossa manhã começou com a missa presidida por D. Orani, que enfatizou a importância dos sacramentos da Iniciação Cristã e pediu que todos, particularmente os mais sofridos, doentes, excluídos, sejam acolhidos por todos nós. Que a acolhida seja generosa em todas as paróquias. Disse D. Orani, “as novas Diretrizes da Igreja do Brasil nos falam da importância do acolhimento e do envio. Por isso a Igreja de portas abertas é uma realidade não só física, mas também do ir e vir. Que essa 35ª Assembleia da Iniciação à Vida Cristã de nossa Arquidiocese possa contemplar toda a dinamicidade da Igreja com os seus pilares, suas bases e preparar-nos ainda mais para a missão permanente. Uma vez batizados, sempre missionários. Por isso, Igreja de portas abertas”.
Após o intervalo para o lanche, Frei Juan José Ormazábal, da paróquia Santo Agostinho, na Barra da Tijuca, refletiu sobre o tema do dia, “Paróquia, casa de portas abertas”, onde estabeleceu uma relação entre “a casa paróquia” e a nossa casa. O subsídio que iluminou a palestra foi o documento 109, da CNBB: Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil (DGAE 2019-2023). Afirmou Fr. Juan: “Deus habita esta cidade. O Senhor está no meio de nós. Que nossas comunidades eclesiais tenham jeito de casa, casa de acolhida, não uma coisa estática. Um jeito de ser que evoque uma ideia de casa que acolhe. Para isto é necessário o pilar da Palavra de Deus, da Iniciação Cristã; o pilar do Pão, onde a casa é sustentada pela Liturgia, que é a espiritualidade; o pilar da Caridade, que é o acolhimento fraterno, especialmente dos mais frágeis e excluídos e, por último, o pilar da missão; é impossível fazer uma experiência profunda com Deus na comunidade, sem levar vida missionária”.
Posteriormente à palestra, os catequistas foram divididos em 32 grupos de trabalho, onde leram os encaminhamentos dos quatro pilares, propostos pelas DGAE (2019-2023) e apresentaram propostas para serem aprovadas pela Assembleia e apresentadas em forma celebrativa.
Para ilustrar a ideia de que todos nós somos responsáveis por esta construção, foi montada pelos representantes dos grupos, em forma de quebra cabeça, um grande painel com a imagem da casa de portas abertas e alicerçada pelos quatro pilares.




Finalmente, não podemos esquecer o empenho de toda a Comissão da Iniciação à Vida Cristã, que trabalhou com afinco, alegria, determinação e vontade de que as paróquias pudessem se animar e colocar em prática o que foi vivido neste dia. É unânime a sensação de dever cumprido e a leveza de reiterar que o que nos ensina S. Paulo: “nós somos muitos mas formamos um só corpo” (1 Cor 10,17).

Annette Fernandes
Coordenadora Arquidiocesana da Pastoral do Batismo

Fotos: Assis Freitas