Em julho deste ano, o 9º Congresso Arquidiocesano
tratou da Paróquia, como casa da iniciação à vida cristã. Este pano de fundo
também esteve presente em nossa Assembleia, ocorrida no último dia 9 de
novembro, na Paróquia Nossa Senhora de Loreto, com a presença de quase 1.000
catequistas de todos os Vicariatos.
O que dizer da 35ª Assembleia Arquidiocesana da Iniciação
à Vida Cristã, cujo tema foi “Paróquia, casa de portas abertas”? Qual termo usar?
Iluminada, talvez seja a expressão mais correta.
Nossa manhã começou com a missa presidida por D. Orani,
que enfatizou a importância dos sacramentos da Iniciação Cristã e pediu que todos,
particularmente os mais sofridos, doentes, excluídos, sejam acolhidos por todos
nós. Que a acolhida seja generosa em todas as paróquias. Disse D. Orani, “as
novas Diretrizes da Igreja do Brasil nos falam da importância do acolhimento e
do envio. Por isso a Igreja de portas abertas é uma realidade não só física,
mas também do ir e vir. Que essa 35ª Assembleia da Iniciação à Vida Cristã de
nossa Arquidiocese possa contemplar toda a dinamicidade da Igreja com os seus
pilares, suas bases e preparar-nos ainda mais para a missão permanente. Uma vez
batizados, sempre missionários. Por isso, Igreja de portas abertas”.
Após o intervalo para o lanche, Frei Juan José Ormazábal,
da paróquia Santo Agostinho, na Barra da Tijuca, refletiu sobre o tema do dia, “Paróquia,
casa de portas abertas”, onde estabeleceu uma relação entre “a casa paróquia” e
a nossa casa. O subsídio que iluminou a palestra foi o documento 109, da CNBB:
Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil (DGAE 2019-2023). Afirmou
Fr. Juan: “Deus habita esta cidade. O Senhor está no meio de nós. Que nossas
comunidades eclesiais tenham jeito de casa, casa de acolhida, não uma coisa
estática. Um jeito de ser que evoque uma ideia de casa que acolhe. Para isto é
necessário o pilar da Palavra de Deus, da Iniciação Cristã; o pilar do Pão,
onde a casa é sustentada pela Liturgia, que é a espiritualidade; o pilar da
Caridade, que é o acolhimento fraterno, especialmente dos mais frágeis e
excluídos e, por último, o pilar da missão; é impossível fazer uma experiência
profunda com Deus na comunidade, sem levar vida missionária”.
Posteriormente à palestra, os catequistas foram divididos em 32
grupos de trabalho, onde leram os encaminhamentos dos quatro pilares, propostos
pelas DGAE (2019-2023) e apresentaram propostas para serem aprovadas pela
Assembleia e apresentadas em forma celebrativa.
Para ilustrar a ideia de que todos nós somos
responsáveis por esta construção, foi montada pelos representantes dos grupos,
em forma de quebra cabeça, um grande painel com a imagem da casa de portas
abertas e alicerçada pelos quatro pilares.
Finalmente, não podemos esquecer o empenho de toda a Comissão
da Iniciação à Vida Cristã, que trabalhou com afinco, alegria, determinação e vontade
de que as paróquias pudessem se animar e colocar em prática o que foi vivido
neste dia. É unânime a sensação de dever cumprido e a leveza de reiterar que o
que nos ensina S. Paulo: “nós somos muitos mas formamos um só corpo” (1 Cor
10,17).
Annette Fernandes
Coordenadora Arquidiocesana da Pastoral
do Batismo
Fotos: Assis Freitas
Fotos: Assis Freitas