A Igreja celebra, nesta
sexta-feira, 1° de novembro, a Solenidade de Todos os Santos, que, no Brasil,
será celebrada no próximo domingo.
Nesta solenidade, a Igreja exulta pela glória
e honra de todos os Santos, que contemplam eternamente o rosto de Deus e vivem
plenamente a sua visão beatífica.
Para alguns, na Europa, este dia é chamado
também "Páscoa do outono", uma solenidade importante para os membros
ativos da Igreja, que olham e aspiram ao Céu.
A santidade é um caminho que todos somos
chamados a trilhar, seguindo o exemplo dos nossos irmãos, que nos foram
propostos como modelos de vida cristã, por terem encontrado Jesus e a ele
confiado sua vida, fraquezas e sofrimentos.
Significado da Solenidade
A memória litúrgica dedica um dia especial a
todos aqueles que estão unidos a Cristo na glória eterna e intercedem por nós
como nossos protetores.
Os Santos são os filhos de Deus que chegaram
à meta da salvação e vivem na eternidade a condição da bem-aventurança; os
santos são também aqueles que nos acompanham no caminho da imitação de Jesus,
que nos leva a ser pedras angulares na construção do Reino de Deus.
Comunhão dos Santos
Em nossa profissão de fé, afirmamos que
cremos na Comunhão dos Santos, uma expressão que nos faz entender a vida e a
eterna contemplação de Deus, motivo e finalidade da verdadeira Comunhão, mas
também com as "coisas" sagradas.
O dom da Eucaristia permite a antecipação da
liturgia que o Senhor celebra no santuário celestial, com todos os Santos. A
grandeza da redenção é medida pelos seus frutos, isto é, pelos que foram
redimidos pela santidade. Por meio deles, a Igreja contempla a sua vocação e a
condição da humanidade transfigurada a caminho do Reino.
Origem e história
A origem desta festa da esperança, objetivo
da nossa vida, tem raízes antigas. No século IV, teve início a comemoração dos
fiéis mártires. Os primeiros sinais desta celebração encontramos em Antioquia,
no domingo após o dia de Pentecostes, sobre os quais fala São João Crisóstomo.
Entre os séculos VIII e IX, esta festa
começou a se espalhar pela Europa e em Roma, onde o Papa Gregório III (731-741)
escolheu o dia 1º de novembro como a data que coincidia com a consagração de
uma capela, na Basílica de São Pedro, dedicada às relíquias "dos santos
Apóstolos e de todos os Santos mártires e confessores, e a todos os justos, que
descansam em paz no mundo".