segunda-feira, 25 de maio de 2020

Por trás dos números: talentosa, irmã Maria de Nazaré dedicou mais de 50 anos à fé católica

Foi depois de um encontro “marcante” com a Madre Maria Helena Cavalcanti, fundadora da Congregação de Nossa Senhora de Belém, que Vilma Maria ingressou na vida paroquial e se tornou, aos 21 anos, a Irmã Maria de Nazaré, em 1966. Ela morreu no dia 15 de maio, vítima da Covid-19, aos 76 anos, sendo quase 55 deles de dedicação total à ordem, que fica em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.

Sua vida começou bem longe dali, no município de Cruzília, no sul de Minas. A irmã foi criada em uma numerosa família na cidade de Conceição do Rio Verde, também no estado e onde o seu pai trabalhava em uma fazenda. Foi ainda na infância que começou a trabalhar, principalmente nas tarefas domésticas. Segundo a Irmã Stella Maria de Belém, também da congregação, era conhecida pelo seu talento na cozinha e na jardinagem:

— Estava sempre alegre, prestativa, paciente, pronta para atender os pobres e as pessoas que pediam orações. Gostava de repetir para as Irmãs: “servir a Deus é reinar”. Era um exemplo a ser seguido e nos deixa com muita saudade— relembra a Irmã Stella.

Apesar da distância, era muito apegada à sua família, numerosa e muito unida. Tinha especial conexão com a sua irmã gêmea:

— Eles estavam sempre juntos e em comunhão nos momentos alegres, nas lutas e dificuldades, que serão superadas com a colaboração de cada um.

Segundo a amiga, sua passagem não pela congregação, mas também na vida das pessoas, será lembrada:

— Guardamos no coração seu sorriso, sua humildade, sua disposição em servir, seu amor à família, às pessoas, especialmente aos pobres, à Igreja e sua entrega e dedicação à sua fé.