Mostrando postagens com marcador CNBB. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador CNBB. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 31 de agosto de 2021

Brasil: 1° de setembro é dia de rezar pela paz no Afeganistão

 

Em consonância com o apelo do Papa Francisco no Angelus do ultimo domingo, quando pediu oração, jejum, penitência pela situação no Afeganistão, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil convocou para quarta-feira um Dia de Oração e Missão pela Paz no Afeganistão.

Uma Dia de Oração e Missão pela Paz no Afeganistão, na quarta-feira, 1º de setembro, foi convocado pela Conferência dos bispos do Brasil (CNBB), por meio de sua Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, em conjunto com a Fundação de direito pontifício Ajuda à Igreja que Sofre.

A iniciativa - lê-se no site da CNBB – “se faz ainda mais importante pois o povo afegão tem vivido desde 15 de agosto, quando o Talibã tomou a capital Cabul, dias de guerra com muitas mortes e violência”.

O Dia de Oração da próxima quarta-feira quer responder, desta forma, ao apelo lançado no Angelus de domingo pelo Papa Francisco, quando dirigiu uma forte exortação aos fiéis para que rezem e jejuem pela paz no Afeganistão e convidou o mundo inteiro a “continuar a assistir os necessitados e rezar para que o diálogo e a solidariedade levem ao estabelecimento de uma convivência pacífica e fraterna e ofereçam esperança para o futuro do país”.

Por fim, a CNBB recorda que o “Dia de Oração e Missão” faz parte de uma série de iniciativas semelhantes que pretendem colocar o valor da oração como ação missionária, visando também garantir que cada católico, no período de 24 horas, dedique um momento de oração por uma região particular do mundo.

A iniciativa também é difundida nas redes sociais, por meio do uso de hashtags especiais. Para o dia 1° de setembro foi criado o #rezepeloafeganistao. Recentemente, dias semelhantes foram realizados pela Terra Santa e pelo Haiti, uma ilha devastada por uma grave crise política e social, bem como por um dramático terremoto de magnitude 7,2, ocorrido em 14 de agosto.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2021-08/cnbb-dia-oracao-missao-pela-paz-afeganistao.html

domingo, 29 de agosto de 2021

Comissão envia mensagem por ocasião do Dia do Catequista

 

No último domingo de agosto de cada ano a Igreja lembra, com gratidão e apreço, a pessoa do catequista. Para a Igreja no Brasil, celebrar o Dia do Catequista é uma forma de reconhecimento sobre a importância e grandeza deste ministério a serviço da evangelização.

Em um vídeo, em nome do episcopado brasileiro, o arcebispo de Curitiba e presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, dom José Antônio Peruzzo, demonstrou gratidão pelo ministério catequético, pela vocação de catequista e pela liberdade e disposição de dar uma resposta a Jesus. “Sua relação de discípulo e discípula com ele moveram-no a fazer da fé recebida e professada também um dom”, diz dom Peruzzo.

“Talvez você também não consiga imaginar o quanto está ou estará presente na vida de seus catequizandos. Eles giram o mundo hoje, mas vão recordar de sua pessoa e seu testemunho de catequista. Se no exercício da catequese além da paixão pelos catequizandos há também a alegria de seguir o Senhor, eles nunca vão esquecer o testemunho dado, deixado, irradiado”, comenta dom Peruzzo.

No vídeo, o arcebispo também deixou uma recomendação aos catequistas. “A catequese e os catequistas são uma potência evangelizadora da Igreja no Brasil, mas aqui não se trata de grandezas ou de envaidecimentos, mas de que somos escolhidos e somos chamados e enviados”, chamou a atenção.

Catequista, com muita gratidão, com muito afeto quero dizer que o Senhor Jesus lhe dará um grande abraço um dia, um grande abraço de gratidão por ter aceito e dedicado tempo e inteligência, afeições, criatividades, tudo para que o nome do Senhor Jesus fosse compreendido e amado. Que o Senhor multiplique em bênçãos queridos catequistas, pela bênção que é você para a Igreja. Muito obrigado”, finaliza dom Peruzzo.

Além do vídeo, a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética também enviou uma carta aos catequistas de todo o Brasil. O texto também é assinado por dom Peruzzo. Confira-o (aqui).


Depoimentos
O portal da CNBB também conversou com alguns dos coordenadores da Animação Bíblico-Catequética nos regionais da CNBB. Eles falaram sobre a importância da vocação do catequista.

Anamar Ferreira Arrais, coordenadora no regional Centro-Oeste, disse que ser catequista é estar a serviço da Palavra de Deus. Para ela, a “vocação do catequista é inspiração de Deus”.

Débora Regina Pupo, coordenadora no regional Sul 2, afirmou que ser catequista é estar aberta ao chamado divino que “encanta e que também traz a responsabilidade de ser educador na fé”.

Padre Wagner Francisco de Sousa Carvalho, coordenador no regional Nordeste 4, reiterou o que salienta Diretório da Catequese quanto à identidade e vocação do catequista. “O Diretório o define como guardião da memória de Deus e eu acho muito bonito este termo e essa definição que foi dada ao catequista, porque o guardião é aquele que olha, observa, vigia; mas o Diretório diz que como guardião ele não apenas olha, ele preserva, nutre a memória de Deus”.


Fonte: https://www.cnbb.org.br/comissao-envia-mensagem-por-ocasiao-do-dia-do-catequista-confira-testemunhos-vocacionais/

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Balanço 2 anos DGAE 2019-2023: Dom Peruzzo fala sobre o pilar da Palavra e seus frutos

 

Tornar a Palavra de Deus cada vez mais conhecida e amada foi um dos desejos do episcopado brasileiro em 2021. Exemplo disso é que, reunido na 58ª Assembleia Geral da CNBB (AGCNBB), realizada em Aparecida (SP), de 12 a 16 de abril de 2021, os bispos contemplaram o Pilar da Palavra, proposto pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023).

Fruto da AGCNBB, o subsídio “E a Palavra habitou entre nós” (Jo 1,14): Animação Bíblica da Pastoral a partir das comunidades eclesiais missionárias foi aprovado pelos bispos e pretende contribuir para a Animação Bíblica e Pastoral da Igreja no Brasil, de modo que a relação pessoal com a Palavra de Deus seja aprofundada e sustente pessoas, grupos e comunidades em missão.

As indicações apresentadas no Estudo querem ser o ponto de partida para um rico processo de atuação da Igreja no Brasil, recordando que o amor à Palavra de Deus e o compromisso missionário nunca se extinguem.

Balanço 2 anos DGAE 2019-2023
Após os dois anos da aprovação das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), e dentro do contexto do Estudo 114, aprovado pela 58ª AGCNBB e que engloba o Pilar da Palavra, o portal da CNBB conversou com o arcebispo de Curitiba (PR) e presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética, dom José Antônio Peruzzo. Ele também coordenou o grupo que elaborou o texto do tema central da 58ª AGCNBB.Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba (PR) e presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética

Dom Peruzzo contextualizou o que a Igreja no Brasil tem feito nos últimos dois anos nesta dimensão da Palavra. De acordo com ele, há um caminho longo ainda a percorrer.

“A verdade é que quando se trata da Palavra, a Iniciação à Vida Cristã levou muitos catequistas, agentes de Pastoral, catequizandos, padres, bispos a descobrirem a centralidade da Palavra e de sua potência evangelizadora”, disse.

E foi neste contexto, conforme dom Peruzzo, que a Iniciação à Vida Cristã favoreceu e muito. “Mas também agora a Animação Bíblica da Pastoral a que se propõe a Igreja no Brasil”, disse.

A Igreja no Brasil, de alguma maneira, vai criar novos hábitos como pede o Papa Bento no Documento Verbum Domini: um novo tempo para que a Palavra de Deus esteja mais profundamente erradicada nos projetos, nas ações e nos serviços que a Igreja se propõe a oferecer, ou seja, é como se quiséssemos voltar àqueles primeiros dias do cristianismo – não tinha muitos recursos, mas tinha a Palavra e a paixão pela Palavra. Com a Palavra que levavam também a alegria os acompanhavam”.

Frutos – Dom Peruzzo também salientou os frutos mais importantes da vivência da Palavra nas comunidades. De acordo com ele, em tempos de tantos contrastes e confrontos, e em períodos nos quais ideias diferenciadas se tornam focos de conflitos e de tensões, os que se encontram com a Palavra se deixam transformar por ela. “É como diz o Papa Bento: a sacramentalidade da Palavra, a performatividade faz acontecer na pessoa que acolhe o que ela mesmo pronuncia, ou seja, se o Senhor levou a paz, Ele traz a paz para quem acolhe a Palavra”, afirmou.

Se o Senhor se tornou símbolo vivo de compaixão, quem acolhe a Palavra do Senhor compassivo também se torna compassivo. Se o Senhor se aproximou daqueles distantes porque queria aproximá-los de Deus, quem acolhe a Palavra e a Lei e inspira a sua oração a partir da Palavra também até espontaneamente será orientado a aproximar Deus das pessoas e as pessoas de seu Deus”

Por fim, dom Peruzzo disse que atualmente percebe, especialmente em Curitiba (PR), que o gosto e a difusão da Leitura Orante da Palavra está configurando o modo de ser de muitos discípulos do Senhor.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/balanco-2-anos-dgae-2019-2023-dom-peruzzo/

terça-feira, 13 de julho de 2021

CCM oferece curso sobre catequese e missão na iniciação à vida cristã

 


O Centro Cultural Missionário (CCM) vai ofertar de 2 a 6 de agosto um curso que se propõe a estabelecer maior interação entre missão e catequese. Para isso, procura aprofundar o conceito de catequese e missão a partir dos documentos eclesiais e também da prática pastoral concreta.

O curso “Catequese e Missão na Iniciação à Vida Cristã” procura, ao mesmo tempo, indicar caminhos para uma catequese sempre mais evangelizadora e missionária e uma teologia da missão bem integrada com a catequese à serviço da iniciação a vida cristã.

Podem participar catequistas, lideranças das diversas pastorais e movimentos interessados em aprofundar a Palavra de Deus, participantes dos Conselhos Missionários, seminaristas, consagrados, ministros ordenados, religiosos (as), membros de institutos e novas comunidades.

A formação acontecerá de forma online, com assessoria dos padres Daniel Luz Rocchetti, da Comissão Episcopal para Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB e o Jânison de Sá Santos, da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB.

Segundo o padre Jânison, o curso quer ajudar os catequistas e animadores bíblicos, coordenadores de grupos missionários e outros grupos eclesiais a compreender melhor a catequese de iniciação a vida cristã e a forte ligação entre catequese e missão.

“Nós iremos trabalhar temáticas pertinentes e ligadas aos fundamentos catequéticos e também conhecer a realidade da missão, dos fundamentos bíblicos, teológicos e pastorais (…). Conhecer alguns dos documentos missionários, bem como compreender melhor a proximidade que existe entre a catequese e a missão e o desejo e a necessidade de trabalharmos juntos”, afirmou o padre Jânison.

Já o padre Daniel explicou que a proposta do curso do CCM é pensar a catequese em termos missionários, carregado do elemento querigmático, do anúncio salvífico e da proposta de viver uma vida cristã baseada na experiência e no amor de Deus.


As inscrições são pagas e podem ser feitas no site do CCM: https://www.ccm.org.br/encontro-comidis-2016/. Outras informações: 61 9337-2021.

Temas a serem trabalhados
1. A Catequética hoje. Realidade dos catequistas / comunidade.
2. A realidade da missão. Fundamentos bíblicos, teológicos e pastorais da missão.
3. A Catequese no contexto da ação evangelizadora da Igreja. Conceito de Evangelização (Evangelii Nuntiandi, Evangelii Gaudium, etc).
4. Anúncio querigmático e catequese. Textos bíblicos querigmáticos, Decreto Ad Gentes, a missão na Evangelii Gaudium, e anúncio querigmático nos documentos atuais.
5. Documentos sobre a Catequese. Diretório Geral para a Catequese (1997), o Catecismo da Igreja Católica (1992/1997), Diretório Nacional de Catequese (2005/2006), iniciação à vida cristã – Brasil (Doc. 107 em 2017) e Diretório para a Catequese (2020).
6. A pedagogia da fé. Partindo da Sagrada Escritura. A pedagogia de Deus, a pedagogia de Jesus Cristo, a pedagogia da Igreja, o Espírito Santo e Sua atuação na caminhada da Igreja e na Vida do ser humano, e a Pedagogia Divina e a Catequese.
7. Catequese a serviço da Iniciação à vida cristã. O que é a IVC. Itinerário catecumenal (pré-catecumenato, catecumenato, purificação e iluminação, mistagogia) – ver o catecumenato antigo (história da catequese – síntese), como fazer a iniciação à vida cristã, quem são os interlocutores na IVC, com quem contamos na IVC (catequistas, introdutores, padrinho e madrinha, famílias, equipe de celebração / liturgia, grupos de jovens, grupos missionários, ministro ordenado) e a comunidade eclesial missionária na IVC.
8. Lugares e interlocutores da catequese a serviço da IVC. A comunidade catequizadora, dimensão comunitária da Catequese (comunidade: lugar por excelência da catequese), catequese na Igreja Particular, catequese e família: participação dos pais e responsáveis no processo de educação da fé, catequese e pessoa com deficiência, catequese querigmática e mistagógica (ver EG e DC), catequese e compromisso sócio transformador e a organização da catequese: paróquia e diocese.
9. Elementos de metodologia. Uma questão de escolha (apresentar a variedade de métodos), a relação conteúdo-método na catequese, atividades criativas, catequese e enculturação, a linguagem na catequese e catequese e cultura digital.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/ccm-oferece-curso-sobre-catequese-e-missao-na-iniciacao-a-vida-crista/

segunda-feira, 19 de abril de 2021

CNBB divulga mensagem ao povo brasileiro aprovada pelos bispos reunidos em assembleia

 


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulga nesta sexta-feira, 16 de abril, a mensagem do episcopado brasileiro que reunido, de modo online, na 58ª Assembleia Geral da CNBB, se dirigiu ao povo neste grave momento.


No texto, os bispos afirmam que diante da atual situação pela qual passa o Brasil, sobretudo em tempos de pandemia, não podem se calar quando a vida é “ameaçada, os direitos desrespeitados, a justiça corrompida e a violência instaurada”. Os bispos asseguram que são pastores e que têm a missão de cuidar. “Nosso coração sofre com a restrita participação do Povo de Deus nos templos. Contudo, a sacralidade da vida humana exige de nós sensatez e responsabilidade”, dizem.

Na mensagem, os bispos reiteram que no atual momento precisam continuar a observar as medidas sanitárias que dizem respeito às celebrações presenciais. Reconhecem agradecidos que as famílias têm sido espaço privilegiado da vivência da fé e da solidariedade. “Elas têm encontrado nas iniciativas de nossas comunidades, através de subsídios e celebrações online, a possibilidade de vivenciarem intensamente a Igreja doméstica. Unidos na oração e no cuidado pela vida, superaremos esse momento”.

Os bispos afirmam que os três poderes da República têm, cada um na sua especificidade, a missão de conduzir o Brasil nos ditames da Constituição Federal, que preconiza a saúde como “direito de todos e dever do Estado” e que o momento exige competência e lucidez. “São inaceitáveis discursos e atitudes que negam a realidade da pandemia, desprezam as medidas sanitárias e ameaçam o Estado Democrático de Direito”, afirmam.

Fazem, ainda, um forte apelo à unidade das Igrejas, entidades, movimentos sociais e todas as pessoas de boa vontade, em torno do Pacto pela Vida e pelo Brasil: “Assumamos, com renovado compromisso, iniciativas concretas para a promoção da solidariedade e da partilha. A travessia rumo a um novo tempo é desafiadora, contudo, temos a oportunidade privilegiada de reconstrução da sociedade brasileira sobre os alicerces da justiça e da paz, trilhando o caminho da fraternidade e do diálogo. Como nos animou o Papa Francisco: “o anúncio Pascal é um anúncio que renova a esperança nos nossos corações: não podemos dar-nos por vencidos!”.

Confira o texto na íntegra:

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Presidência da CNBB divulga nota sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021

 

Sobre o texto-base da CFE deste ano, os bispos afirmam que a publicação seguiu a estrutura de pensamento e trabalho do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), conselho responsável pela preparação e coordenação da campanha da fraternidade em seu formato ecumênico.


A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, nesta terça-feira, 9 de fevereiro, uma nota na qual esclarece pontos referentes à realização da Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano, cujo tema é: “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor” e o lema: “Cristo é a nossa paz. Do que era dividido fez uma unidade”, (Ef 2,14a).

O documento reafirma a Campanha da Fraternidade como uma marca e, ao mesmo tempo, uma riqueza da Igreja no Brasil que deve ser cuidada e melhorada sempre mais por meio do diálogo. Iluminado pela Encíclica Ut Unum Sint, de 1999, do Papa São João Paulo II, o texto aponta também ser necessário cuidar da causa ecumênica.

Sobre o texto-base da CFE deste ano, os bispos afirmam que a publicação seguiu a estrutura de pensamento e trabalho do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), conselho responsável pela preparação e coordenação da campanha da fraternidade em seu formato ecumênico. “Não se trata, portanto, de um texto ao estilo do que ocorreria caso fosse preparado apenas pela comissão da CNBB”, aponta a Nota.

No documento, a presidência da CNBB reafirma que a Igreja Católica tem sua doutrina estabelecida a respeito das questões de gênero e se mantém fiel a ela. “A doutrina católica sobre as questões de gênero afirma que ‘gênero é a dimensão transcendente da sexualidade humana, compatível com todos os níveis da pessoa humana, entre os quais o corpo, a mente, o espírito, a alma. O gênero é, portanto, maleável sujeito a influências internas e externas à pessoa humana, mas deve obedecer a ordem natural já predisposta pelo corpo” (Pontifício Conselho para a Família, Lexicon – Termos ambíguos e discutidos sobre família, vida e questões éticas., pág. 673).

A nota informa que os recursos do Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) seguem rigorosa orientação, obedecendo não apenas a legislação civil vigente para o assunto, mas também a preocupação quanto à identidade dos projetos atendidos. “Os recursos só serão aplicados em situações que não agridam os princípios defendidos pela Igreja Católica”, reforça a nota.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Em mensagem ao povo de Deus, CNBB reforça a esperança, a caridade e missão da Igreja no Brasil no contexto da pandemia

 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu, como resultado da reunião realizada nesta quarta-feira, 25 de novembro, uma Mensagem ao Povo Brasileiro em tempo de pandemia. O documento foi referendado pelos mais de 200 bispos, num total de 297 pessoas, compreendendo assessores das comissões episcopais e representantes de pastorais e organismos vinculados à CNBB que participaram da reunião.


A mensagem busca refletir sobre a presença e missão da Igreja na realidade brasileira e expressar uma mensagem de esperança e proximidade no contexto do novo Coronavírus. O documento destaca ainda que a Igreja no Brasil é impelida a perseverar na caridade, dando continuidade, nas paróquias, comunidades eclesiais missionárias e instituições religiosas de todo país, das redes de solidariedade em defesa da vida que se multiplicaram-se neste ano em razão da pandemia.


“Como discípulos missionários, queremos crescer nesse tempo difícil, empenhados em remover as desigualdades e sanar a injustiça. A humanidade aguarda uma vacina que, distribuída com equidade, possa ajudar a garantir a vida e a saúde para todos”, diz um trecho do documento.

Confira, abaixo e a seguir em formato pdf, a íntegra da mensagem (aqui). 

Mensagem ao Povo de Deus em tempo de pandemia



Feliz aquele que suporta a provação, porque, uma vez provado,
receberá a coroa da vida, que Deus prometeu aos que o amam. (Tg 1,12)

Amado Povo de Deus, nós bispos do Brasil, reunidos num encontro virtual para refletir sobre a atual presença e missão da Igreja, queremos expressar nossa mensagem de esperança e proximidade.

Neste ano irrompeu inesperadamente a pandemia da COVID19, alterando nossas rotinas, revelando outras enfermidades de nosso tempo e causando grande impacto num já fragilizado sistema de saúde, na seguridade social, nos sistemas produtivos, na educação, na vida familiar, social e religiosa em geral. O Papa Francisco alerta que “a tribulação, a incerteza, o medo e a consciência dos próprios limites, que a pandemia despertou, fazem ressoar o apelo a repensar os nossos estilos de vida, as nossas relações, a organização das nossas sociedades e, sobretudo, o sentido da nossa existência”. (Fratelli Tutti, 33)

Estamos num tempo de muitos questionamentos e cabe-nos escutar o que o Espírito tem a dizer para a Igreja (Ap 2,7) nesse contexto. A provação tem favorecido importantes aprendizados e oportunidades para a vivência e o anúncio do Evangelho. Reconhecemos, com gratidão, o empenho de tantas comunidades cristãs que foram criativas para manter a ação evangelizadora, especialmente pelas mídias sociais, promovendo a transmissão de celebrações litúrgicas, catequeses e aconselhamento aos fiéis. A Igreja doméstica foi fortalecida, em sintonia com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, que promovem a comunidade cristã como Casa da Palavra, do Pão, da Caridade e da Missão. Percebe-se o protagonismo dos leigos e, especialmente, das mulheres na promoção da Igreja nas casas.

Igualmente somos impelidos pelo Evangelho a perseverar na caridade. Nas paróquias, comunidades eclesiais missionárias e instituições religiosas de todo país, multiplicaram-se as redes de solidariedade em defesa da vida. Por isso, foi coloca em prática a ação solidária É Tempo de Cuidar, voltada a atender demandas de primeira necessidade das pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade social no contexto da pandemia. Unidos a outras entidades da sociedade civil, estamos buscando concretizar o Pacto pela Vida e pelo Brasil, conclamando toda a sociedade para que, nesse tempo de pandemia, ninguém seja deixado para trás.

Como nos tem provocado o Papa Francisco, precisamos escutar o clamor das famílias, trabalhar por uma economia “mais atenta aos princípios éticos” (Fratelli Tutti, 170), oferecer uma política melhor, sem desvios na garantia do bem comum, propor uma educação humanista e solidária, comprometidos na permanente construção da democracia. É urgente combater o racismo que se dissimula, mas não cessa de reaparecer. (Fratelli Tutti, 20) Queremos assegurar a vida desde a concepção até a morte natural, preservar o meio ambiente e trabalhar em defesa das populações vulneráveis, particularmente indígenas e quilombolas. Preocupa-nos o crescimento das várias formas de violência, entre elas, o feminicídio. “Cada ato de violência cometido contra um ser humano é uma ferida na carne da humanidade; cada morte violenta “diminui-nos” como pessoas”. (Fratelli Tutti, 227)

Como discípulos missionários, queremos crescer nesse tempo difícil, empenhados em remover as desigualdades e sanar a injustiça. A humanidade aguarda uma vacina que, distribuída com equidade, possa ajudar a garantir a vida e a saúde para todos.

Pedimos que Deus acolha junto a Si os que morreram neste tempo e dê consolação e paz às famílias enlutadas. Abençoamos especialmente os incansáveis profissionais da saúde, os professores, os cuidadores e todos que atuam em serviços essenciais. Nossa prece também pelos presbíteros, diáconos permanentes, consagrados e consagradas, leigos e leigas de nossas igrejas, para que se sintam encorajados.

O Advento é um tempo de renovar nossa esperança. Confiantes, afirmamos que a fé em Cristo nunca se limitou a olhar só para trás nem só para o alto, mas olhou sempre também para a frente (Spe Salvi, 41). Não desanimemos, não estamos sozinhos: o Senhor está conosco!

Acompanhe-nos a Santa Mãe de Deus, Senhora Aparecida, consolo dos aflitos, saúde dos enfermos e esperança nossa! Invocamos sobre todos a bênção da Santíssima Trindade, que sua misericórdia continue fortalecendo e animando o povo brasileiro.

Brasília-DF, 25 de novembro de 2020

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte-MG
Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima-RR
2º Vice-Presidente

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre-RS
1º Vice-Presidente

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar do Rio de Janeiro- RJ
Secretário-Geral da CNBB


Fonte: https://www.cnbb.org.br/em-mensagem-ao-povo-de-deus-cnbb-reforca-a-esperanca-a-caridade-e-missao-da-igreja-no-brasil-no-contexto-da-pandemia/


sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Seminário Nacional de Catequese acontece, de forma online, nos dias 04 a 06 de novembro

 


A Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) irá realizar o Seminário Nacional de Catequese a Serviço da Iniciação à Vida Cristã, com o lema “Jesus chamou os que Ele quis, para estarem com Ele e enviá-los a anunciar (cf Mc 3,13-14)”. A iniciativa acontecerá de 04 a 06 de novembro, de forma online, e será transmitida a partir das 20h nas redes sociais da CNBB (@cnbbnacional) e da Catequese do Brasil (@catequesedobrasil).

Segundo o padre Jânison de Sá, assessor da Comissão, a iniciativa busca retomar a reflexão do Documento 107 da Conferência, aprovado pelos bispos em 2017, intitulado “Iniciação à Vida Cristã: itinerário para formar discípulos missionários”. “É necessário retomar toda a discussão e reflexão da Iniciação à Vida Cristã, uma temática tão pertinente e importante para a Ação Evangelizadora e Catequética da nossa Igreja”, explicou.

Ainda de acordo com o padre Jânison, o seminário trará uma abordagem metodológica e, por meio disso, buscará entender os processos históricos e a relação entre o Diretório Geral que culminou com a Catequese Renovada; e o Diretório de 1997 que culmina com o Diretório Nacional de Catequese de 2006. “É importante refletirmos um pouco sobre a nossa história, então veremos do Concílio Vaticano II até os dias atuais e entenderemos o sentido da catequese e da Iniciação à Vida Cristã em diversos períodos”, salientou.
Programação

No dia 04 de novembro será feita uma reflexão do itinerário histórico da reflexão catequética do Concílio Vaticano II aos dias atuais. O convidado para assessorar o momento é o irmão marista Balbino Eduardo Juárez Ramírez, da Guatemala.

No dia 05 haverá a participação de dois painelistas. O primeiro tema a ser discutido será “O Diretório Geral para a Catequese de 1971 à Catequese Renovada de 1983”, pelo padre Luiz Alves de Lima, e o segundo será “O Diretório Geral para a Catequese de 1997 ao Diretório Nacional de Catequese de 1996”, pelo irmão Israel José Nery.

No último dia, 06, haverá outros dois painéis. O primeiro sobre o “Documento de Aparecida à Iniciação à Vida Cristã em 2017”, pela irmã Sueli Cruz, e o segundo sobre o “Documento 107 – Iniciação à Vida Cristã: itinerário para formar discípulos missionários” ao Novo Diretório de Catequese, pelo padre Abimar Oliveira de Moraes, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Fonte: https://www.cnbb.org.br/seminario-nacional-de-catequese/

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Presidência da CNBB publica a nota “Em defesa da vida: É tempo de cuidar” para pedir a todos empenho contra o aborto

A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, porta-voz da Igreja Católica na sociedade brasileira, escreveu uma nota com o título “Em defesa da vida: É tempo de cuidar”. O documento, em sintonia com segmentos, instituições, homens e mulheres de boa vontade, convoca todos a defenderem a vida, contra o aborto, e se dirige publicamente, como o faz em carta pessoal, aos ministros do Supremo Tribunal Federal, para que eles defendam o dom inviolável da vida.

A nota é uma resposta ao fato de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter agendado para o próximo dia 24 de abril o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI 5581 –, que versa sobre a liberação do aborto em caso de Zika vírus. O julgamento tinha sido adiado em maio do ano passado após pressão de diversos movimentos pró-vida. A votação está prevista para acontecer de forma virtual.


EM DEFESA DA VIDA: É TEMPO DE CUIDAR

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, porta-voz da Igreja Católica na sociedade brasileira, em sintonia com segmentos, instituições, homens e mulheres de boa vontade, convoca a todos pelo empenho em defesa da vida, contra o aborto, e se dirige, publicamente, como o faz em carta pessoal, aos Senhores e Senhoras Ministros do Supremo Tribunal Federal para dizer, compartilhar e ponderar argumentações, e considerar, seriamente, pelo dom inviolável da vida, o quanto segue:


1. “É tempo de cuidar”, a vida é dom e compromisso! A fé cristã nos compromete, de modo inarredável, na defesa da vida, em todas as suas etapas, desde a fecundação até seu fim natural. Este compromisso de fé é também um compromisso cidadão, em respeito à Carta Magna que rege o Estado e a Sociedade Brasileira, como no seu Art 5º, quando reza sobre a inviolabilidade do direito à vida.


2. Preocupa-nos e nos causa perplexidades, no grave momento de luta sanitária pela vida, neste tempo de pandemia do COVID-19, desafiados a cuidar e amparar muitos pobres e empobrecidos pelo agravamento da crise econômico-financeira, saber que o Supremo Tribunal Federal pauta para este dia 24 de abril 2020, em sessão virtual, o tratamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI 5581, ajuizada pela Associação Nacional dos Defensores Públicos – ANADEP, requerendo a declaração de inconstitucionalidade de alguns dispositivos da Lei 13.301/2016 e a interpretação conforme a Constituição de outros dispositivos do mesmo diploma legal.


3. Há de se examinar juridicamente a legitimidade ativa desta Associação de Defensores Públicos, como bem destacado nas manifestações realizadas nos autos pela Presidência da República, Presidência do Congresso Nacional, Advocacia Geral da União e Procuradoria Geral da República, pois nos parece, também, que a referida Associação não é legitimada para propor a presente ADI, tendo bem presente que a Lei 13.985/2020 trouxe suporte e apoio para as famílias que foram afetadas pelo Zika vírus, instituindo uma pensão vitalícia às crianças com Síndrome Congênita como consequência.


4. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reitera sua imutável e comprometida posição em defesa da vida humana com toda a sua integralidade, inviolabilidade e dignidade, desde a sua fecundação até a morte natural comprometida com a verdade moral intocável de que o direito à vida é incondicional, deve ser respeitado e defendido, em qualquer etapa ou condição em que se encontre a pessoa humana. Não compete a nenhuma autoridade pública reconhecer seletivamente o direito à vida, assegurando-o a alguns e negando-o a outros. Essa discriminação é iníqua e excludente; “causa horror só o pensar que haja crianças que não poderão jamais ver a luz, vítimas do aborto”. São imorais leis que imponham aos profissionais da saúde a obrigação de agir contra a sua consciência, cooperando, direta ou indiretamente, na prática do aborto.


5. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil insta destacar que o combatido artigo 18 da referida Lei 13.301/2016, cuja ADI pretendia a declaração de inconstitucionalidade de alguns dispositivos, foi completamente revogado pela MP 894 de 2019, convertida em Lei em 2020 (L. 13.985/2020). Desta forma, parece-nos ainda que o objeto da ação foi superado, não servindo a ação para declarar a inconstitucionalidade de outra lei que não a inicialmente combatida.


6. A CNBB requer, portanto, que, acaso seja superada a preliminar de ilegitimidade ativa suscitada por todas as autoridades públicas que se manifestaram, e não seja extinta a ADI pela perda do objeto, no mérito não sejam acolhidos quaisquer dos pedidos formulados para autorizar, de qualquer forma, o aborto de crianças cujas mães sejam diagnosticadas com o Zika vírus durante a gestação.


7. Reafirmamos, fiéis ao Evangelho de Jesus Cristo, nosso repúdio ao aborto e quaisquer iniciativas que atentam contra a vida, particularmente, as que se aproveitam das situações de fragilidade que atingem as famílias. São atitudes que utilizam os mais vulneráveis para colocar em prática interesses de grupos que mostram desprezo pela integridade da vida humana. (S. João Paulo II, Carta Encíclica Evangelium Vitae, 58)

Esperamos e contamos que a Suprema Corte, pautada no respeito à inviolabilidade da vida, no horizonte da fidelidade moral e profissional jurídica, finalize esta inquietante pauta, fazendo valer a vida como dom e compromisso, na negação e criminalização do aborto, contribuindo ainda mais decisivamente nesta reconstrução da sociedade brasileira sobre os alicerces da justiça, do respeito incondicional à dignidade humana e na reorganização da vivência na Casa Comum, segundos os princípios e parâmetros da solidariedade.

Cordialmente,

Brasília, 19 de abril de 2020

Domingo da Misericórdia

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Presidente

Dom Jaime Spengler
1º Vice-presidente

Dom Mário Antônio da Silva
2º Vice-presidente

Dom Joel Portella Amado
Secretário-geral 

sexta-feira, 10 de abril de 2020

CNBB propõe sugestões para ajudar os fiéis a prepararem suas casas para a Semana Santa

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convida a todos a viverem de forma muito especial a Semana Santa durante a quarentena do coronavírus. Cada um e cada família são chamados, com zelo e amor, a preparar a casa e o coração para com Cristo viver a verdadeira Páscoa. Por isso, A CNBB propõe quatro pontos para ajudar os fiéis a preparar suas casas para a Semana Santa.
Como preparar a casa para a Semana Santa?
Sexta-feira Santa: coloque um crucifixo na janela de sua casa.

Sábado Santo: coloque uma vela acesa na janela da sua casa ao escurecer. Pode ser uma lanterna também, inclusive a do celular.

Domingo de Páscoa: Coloque uma toalha branca na janela e, se possível, um vaso com flores.

sexta-feira, 20 de março de 2020

Como contribuir com a Animação Bíblica da Pastoral em tempos de coronavírus?

Em época do coronavírus, os assessores da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Jânison de Sá e irmã Izabel Patuzzo, falaram em vídeo sobre a suspensão da agenda de atividades da Comissão e como, mesmo durante este período, os coordenadores da Animação Bíblico-Catequética de todo o Brasil podem continuar contribuindo para a animação da catequese.
Todos os encontros e assessorias prestados pela Comissão foram cancelados até o dia 3 de abril. Apesar disso, padre Jânison garantiu que eles continuam em ação organizando os trabalhos internos. “Nós na CNBB aproveitamos esse momento que estamos na sede, em Brasília (DF), para dar continuidade à atualização e correção do itinerário catequético”, afirmou.
O itinerário catequético “Iniciação à Vida Cristã – um processo de inspiração catecumenal”, ao qual o padre se refere, traz orientações para um caminho possível a ser feito em todas as realidades do território nacional, bem como oferece indicações que possibilitem a concretização de uma verdadeira Iniciação à Vida Cristã.
Feito em 2014 para a Pastoral Bíblico-Catequética, o itinerário agora passa por um processo de atualização e revisão por parte da Comissão. Neste sentido, padre Jânison espera contar com a ajuda de todos os coordenadores da Animação Bíblico-Catequética dos regionais da CNBB neste processo. “Pedimos a vocês que agora estão em casa trabalhando para que possam enviar as contribuições em relação a esse texto. Com certeza com a colaboração de vocês será uma publicação revisada em mutirão. Pedimos que comuniquem qualquer dificuldade”, reitera.
No vídeo, o assessor afirma que a Comissão se coloca à disposição para fazer reuniões online. “Nós todos estamos à disposição para essa comunicação, esse diálogo, assessoria à distância através das redes. Permaneçamos unidos, em comunhão, nessa missão tão bonita que nos une”, finalizou.
Já a irmã Izabel Patuzzo conta que a Comissão irá aproveitar de todos os outros instrumentos virtuais para continuar animando os regionais, os catequistas. “Nos distanciamos das atividades pastorais, mas a Comissão continua aqui e estamos unidos em oração e vamos continuar trabalhando para a Animação Bíblica da Catequese e da Pastoral”, salienta.
Ainda de acordo com ela, a Comissão continua trabalhando para apresentar um projeto de animação, com atividades concretas. “Aproveite o tempo que vocês têm para estar se preparando melhor para o nosso próximo encontro e quando nossas atividades voltarem ao normal aqui na CNBB, queremos junto com o nosso presidente, dom Peruzzo, apresentar um novo projeto de animação bíblica da Pastoral para todos os regionais”, disse.

segunda-feira, 16 de março de 2020

CNBB: Tempos de esperança e solidariedade

Em decorrência do complexo quadro de pandemia da CONAVID-19 (coronavírus) no mundo e em território brasileiro, a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu dia 14 de março a mensagem: “Tempos de Esperança e Solidariedade”. No documento, organizado em 7 parágrafos, a presidência da CNBB informa que as indicações práticas de cuidado estão sendo emitidas em cada diocese, considerado e respeitando a realidade. A mensagem recomenda atenção e consideração irrestrita às orientações dos especialistas de saúde e autoridades competentes.
“Os cuidados com higienização pessoal e do ambiente, bem como evitar aglomerações são regras que precisam ser seguidas por todos, com irrestrita atenção e cuidados, a partir da própria consciência, regida pelo bom sendo e pela fraternidade”, diz o texto da mensagem.
A mensagem reconhece que algumas restrições mexem com o jeito dos católicos conviver e celebrar, contudo pede que as orientações sanitárias e de saúde sejam acolhidas como uma contribuição tendo em vista o bem de todos. O tempo, segundo o documento, é de intensificar a oração, elevando os corações ao Deus da vida, no acolhimento de sua Palavra e por uma vivência de renúncias neste tempo Quaresmal.
Em tempos de celebração da Campanha da Fraternidade 2020, cujo tema é “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e o lema fala do cuidado, a presidência da CNBB pede disciplina e obediência às orientações e decisões para o “nosso bem”. Conheça a íntegra do documento abaixo.

Tempos de esperança e solidariedade

Tudo posso naquele me fortalece! (Fp 4,13).

1. Diante do complexo quadro gerado pela pandemia do coronavírus, a CNBB manifesta sua palavra de esperança e de solidariedade. As indicações práticas estão sendo emitidas em cada diocese, considerando e respeitando a realidade. Recomendamos atenção e consideração irrestrita dos especialistas de saúde e autoridades competentes. As indicações sobre o modo como celebrar a fé cabem aos bispos em cada diocese. Todas as normas visam à proteção das pessoas, buscando evitar a contaminação e preservar a vida.

2. Os cuidados com higienização pessoal e do ambiente, bem como o evitar aglomerações são regras que precisam ser seguidas por todos, com irrestrita atenção e cuidados, a partir da própria consciência, regida pelo bom senso e pela fraternidade.

3. Por isso, é importante que essas orientações sejam acolhidas como uma contribuição em vista do bem de todos. Elas requerem ser acompanhadas de muita oração elevando nossos corações ao Deus da Vida, no acolhimento de sua Palavra e por uma vivência de renúncias neste tempo quaresmal. Em momentos difíceis e delicados como este, mais fortes devem ser nossa fé, esperança e união.

4. Algumas restrições mexem com o nosso jeito de conviver e celebrar, pois somos um povo que traz em si o desejo de sempre estar juntos, tanto nos momentos alegres quanto tristes. Conscientes de que as restrições ao convívio não durarão para sempre, aprendamos, a valorizar a fraternidade. Aproveitemos para pensar nos inúmeros outros modos em que a vida de pessoas, povos e do planeta vem sendo agredida. Tornemo-nos ainda mais desejosos de, passada a pandemia, podermos estar juntos, celebrando a vida, a saúde, a concórdia e a paz.
5. Não temamos manifestar a solidariedade e a esperança. Superemos a indiferença. Façamos isso, porém, de modo prudente e em consonância com as orientações sanitárias. São muitos os recursos tecnológicos ao nosso dispor atualmente. Eles podem ajudar a suprir a distância física nesse período de cautela.

6. Tenhamos igual firmeza para discernir informações, desconsiderando notícias falsas, que se alastram com facilidade. Seu desejo é o de nos enfraquecer e abater. Não hesitemos, portanto, em buscar sempre a verdade das informações. Evitemos que o medo nos torne mais vulneráveis. Deus nunca nos abandona e, nos momentos mais difíceis, nós o podemos sentir ainda mais próximo em seu amor e sua paz.

7. Por fim, fazendo cada um a sua parte nessa grande empreitada, que é de todos, não deixemos de rezar pelo mundo inteiro, em especial pelas vítimas e pelos profissionais que incansavelmente trabalham por uma solução. Sejamos disciplinados, obedeçamos às orientações e decisões para nosso bem, e não nos falte o discernimento sábio para cancelamentos e orientações que preservem a vida como compromisso com nosso dom mais precioso.

Brasília-DF, 14 de março de 2020


Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte-MG
Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima-RR
2º Vice-Presidente

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre-RS
1º Vice-Presidente

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar do Rio de Janeiro- RJ
Secretário-Geral da CNBB


terça-feira, 10 de março de 2020

Grupo de Reflexão Bíblico-Catequética aprofunda tema e lema do Mês da Bíblia de 2021

Aconteceu entre os dias 07 e 08 de março, no Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília (DF), a reunião do Grupo de Reflexão Bíblico–Catequética (GREBICAT). Dom José Antonio Peruzzo, presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pronunciou as palavras iniciais, valorizando a riqueza do grupo que conta com membros veteranos, bem como acolhe iniciantes. A nova composição do grupo levou em conta a diversidade e o campo de atuação: homens e mulheres, leigos e leigas, religiosas e presbíteros, alguns mais ligados ao estudo da Sagrada Escritura, outros da Catequese. 
O primeiro tema da reunião contou com a colaboração do professor Joel Antônio Ferreira (PUC Goiás), convidado para elaborar o texto–base do mês da Bíblia de 2021. O tema do Mês da Bíblia 2021 será “Carta de São Paulo aos GÁLATAS” e o lema “Pois todos vós sois UM só em Cristo Jesus” (Gl 3,28d). O lema provém do Hino Batismal da carta paulina que, por sua vez, dá as chaves para a abertura das portas de toda a epístola, que traz temas importantes como a igualdade e a liberdade em Cristo Jesus. 
Ao longo da apresentação do texto, os participantes deram suas contribuições para enriquecê-lo e para bem adaptá-lo as realidades da base. Ainda no primeiro dia de encontro, o professor Cláudio Vianney Malzoni trabalhou o tema Bíblia como literatura numa perspectiva narrativa. O assessor resgatou a importância da Bíblia como obra literária, em sua beleza. Além disso, destacou a importância das Sagradas Escrituras para a cultura ocidental. Malzoni insistiu que é preciso ser educado para uma sensibilidade que seja capaz de fazer uma interpretação profunda do texto sagrado. O diálogo do grupo trouxe contribuições que seguiram apontando a importância deste tema para a evangelização. 
No segundo dia de encontro, padre Abimar Morais abordou o tema Unidade Sacramental, partindo de alguns desafios. De acordo com ele, urge a recuperação do nexo entre sacramentos e vida, bem como o resgate da unidade entre os sacramentos da iniciação cristã. “O tema é desafiador, porque há indicativos que apontam não somente para uma compreensão unitária, mas também para uma nova configuração na ordem dos sacramentos. Tal revisão cria resistências. Por outro lado, a abordagem é oportuna, pois o Brasil está em processo de inserção dentro de uma mentalidade iniciática que visa à formação de discípulos missionários”, disse.  
Diante desta reflexão, os integrantes puderam discutir sobre os desafios da atualidade: integrar a pastoral do Batismo infantil ao projeto de inspiração catecumenal e repensar a catequese do Crisma. As discussões do grupo também trouxeram a questão importante da sequência dos sacramentos: o Batismo como a porta de entrada, complementado pela Confirmação, sendo a Eucaristia o último sacramento a ser recebido, conforme já fora indicado pelo papa Bento XVI na Sacramentum Caritatis. 
Já o presbítero e a iniciação cristã foi o tema trabalhado pelo padre Eduardo Calandro. O ponto de partida da reflexão é o desafio de fazer com que os presbíteros estejam alinhados com a nova mentalidade de iniciação. “Se se deseja avançar pastoralmente, a conscientização dos presbíteros sobre sua responsabilidade é fundamental. A IVC está alicerçada na tríade catequista-presbítero-comunidade, podendo contribuir muito na concretização da pastoral orgânica”, afirmou o padre. O grupo discutiu caminhos para ajudar na conscientização dos presbíteros, em especial dos párocos, sobre a sua importância dentro dos novos processos de iniciação. 
O último tema foi motivado pela irmã Sueli Cruz, que tratou do anúncio querigmático hoje: perspectivas e desafios. Irmã Sueli insistiu que o primeiro anúncio deve estar construído a partir da encarnação, vida, morte e ressurreição. Destacou ainda que, muitas vezes, insiste-se em um Cristo sem cruz, uma espécie de encontro anestésico e intimista, o que de acordo com ela, é perigoso para a catequese a serviço da iniciação à vida cristã. “Muito se tem falado sobre a importância do querigma dentro do processo iniciático, mas é preciso fazê-lo sem empobrecer o mistério de Cristo e sem perder os próprios valores evangélicos”, disse. 
No final do encontro, padre Jânison de Sá, assessor nacional da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, conduziu a avaliação do encontro. O grupo do GREBICAT se manifestou feliz com a sua reestruturação e com a rica partilha acontecida. “Os integrantes seguem animados com a missão que se descortina, dispostos a dar indicativos de reflexão que ajudem a Igreja do Brasil no caminho rumo a uma catequese à serviço da iniciação à vida cristã”, finalizou. 


quinta-feira, 17 de outubro de 2019

“Fraternidade e Vida” é o mote central do texto base da CF 2020 lançado pela CNBB

A Campanha da Fraternidade é o modo com o qual a Igreja no Brasil vivencia a Quaresma. Há mais de cinco décadas, ela anuncia a importância de não se separar conversão e serviço à sociedade e ao planeta. A cada ano, um tema é destacado, assim, a Campanha da Fraternidade já refletiu sobre realidades muito próximas dos brasileiros: família, políticas públicas, saúde, trabalho, educação, moradia e violência, entre outros enfoques.
Em 2020, a CF convida, por meio de seu texto-base, a olhar de modo mais atento e detalhado para a vida. Com o tema “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” e lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34), busca conscientizar, à luz da palavra de Deus, para o sentido da vida como dom e compromisso, que se traduz em relações de mútuo cuidado entre as pessoas, na família, na comunidade, na sociedade e no planeta, casa comum. 
Lançado pela editora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Edições CNBB, o texto-base convida a um olhar que se eleva para Deus, no mais profundo espírito quaresmal, e volta-se também para os irmãos e irmãs, identificando a criação como presente amoroso do Pai. No texto, a presidência da CNBB afirma que a Campanha será uma motivação para olhar transversalmente as diversas realidades, interpelando a todos ao respeito do sentido que, na prática, se atribui à vida, nas suas diversas dimensões: pessoal, comunitária, social e ecológica.
“Não se pode viver a vida passando ao largo das dores dos irmãos e irmãs”, diz um trecho do texto base. Ver, sentir, compaixão e cuidar são os verbos de ação que irão conduzir este tempo quaresmal. Para isso, o texto-base que é dividido em três partes, convida que cada pessoa, cada grupo pastoral, movimento, associação, Igreja Particular e o Brasil inteiro, motivados pela Campanha da Fraternidade, possam ver fortalecida a revolução do cuidado, do zelo, da preocupação mútua e, portanto, da fraternidade.
O subsídio, disponível para compra no site da editora, além de oferecer um panorama completo, com todo o referencial para que se possa viver, difundir e praticar os preceitos dessa edição da CF, traz a letra do hino oficial, a oração e o conceito da arte do cartaz. Também apresenta dados e orientações sobre o Fundo Nacional de Solidariedade e o resultado integral das coletas realizadas nas celebrações do Domingo de Ramos, coleta da solidariedade.