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terça-feira, 1 de setembro de 2020

Papa: a criação geme, a pandemia é uma encruzilhada

“A desintegração da biodiversidade, o aumento vertiginoso de catástrofes climáticas, o impacto desproporcionado que tem a pandemia atual sobre os mais pobres e frágeis são sinais de alarme perante a avidez desenfreada do consumo", afirma o Papa em sua mensagem para o Dia Mundial de Oração pela Criação.


O dia 1º de setembro assinala, para a família cristã, o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação; e com ele se abre o Tempo da Criação que se conclui no dia 4 de outubro, memória de São Francisco de Assis.

Durante este período, os cristãos renovam em todo o mundo a fé em Deus criador e unem-se de maneira especial na oração e na ação pela preservação da casa comum.

Inaugurando este Tempo da Criação, foi divulgada a mensagem do Papa Francisco, cujo tema é «Jubileu pela Terra», tendo em vista que se celebra precisamente este ano o quinquagésimo aniversário do Dia da Terra.

Na Sagrada Escritura, recorda o Pontífice, o Jubileu é um tempo sagrado para recordar, regressar, repousar, restaurar e rejubilar.

Um tempo para recordar
Para Francisco, é preciso recordar a vocação primordial da criação: ser e prosperar como comunidade de amor. Isso remete a um dos ensinamentos da Laudato Si: tudo está interligado e “o cuidado autêntico da nossa própria vida e das nossas relações com a natureza é inseparável da fraternidade, da justiça e da fidelidade aos outros» (LS, 70).
Um tempo para regressar

Todavia, constata o Pontífice, quebramos os laços que nos uniam ao Criador, aos outros seres humanos e ao resto da criação.

O Jubileu é um tempo de regresso a Deus, é tempo de partilha, escreve o Papa, e nos convida a pensar novamente nos outros, especialmente nos pobres e vulneráveis.

“O Jubileu é um tempo para dar liberdade aos oprimidos e a quantos estão acorrentados aos grilhões das várias formas de escravidão moderna, nomeadamente o tráfico de pessoas e o trabalho infantil.”

Não somos patrões, mas parte da rede interligada da vida. O convite de Francisco é ouvir o pulsar da criação:

“A desintegração da biodiversidade, o aumento vertiginoso de catástrofes climáticas, o impacto desproporcionado que tem a pandemia atual sobre os mais pobres e frágeis são sinais de alarme perante a avidez desenfreada do consumo.”

A terra é lugar de oração e meditação, algo que podemos aprender especialmente dos irmãos e irmãs indígenas.

Um tempo para repousar
Deus, na sua sabedoria, reservou o dia de sábado para que a terra e os seus habitantes pudessem descansar e restaurar-se. Hoje, porém, não oferecemos este descanso ao planeta com ciclo incessante de produção.

A pandemia atual nos deu a possibilidade de constatar que a Terra consegue recuperar se a deixarmos descansar: o ar tornou-se mais puro, as águas mais transparentes, as espécies animais voltaram para muitos lugares de onde tinham desaparecido.

Portanto, a pandemia nos levou a uma encruzilhada: “Devemos aproveitar este momento decisivo para acabar com atividades e objetivos supérfluos e destrutivos, e cultivar valores, vínculos e projetos criadores”.

Um tempo para restaurar
Ao cultivar valores, podemos curar relações humanas comprometidas e restabelecer relações sociais equitativas. Isso significa não ignorar a história de exploração do Sul do planeta, que provocou um enorme deficit ecológico, devido principalmente à depredação dos recursos.

“É o tempo de uma justiça reparadora. A este respeito, renovo o meu apelo para se cancelar a dívida dos países mais frágeis, à luz do grave impacto das crises sanitárias, sociais e econômicas que aqueles têm de enfrentar na sequência do vírus Covid-19.”

De igual modo, prossegue Francisco, é preciso restaurar a terra e restabelecer o equilíbrio climático para manter o aumento da temperatura média global abaixo do limite de 1,5 graus centígrados.

A este ponto da mensagem, o Pontífice pede respeito aos inúmeros esforços da comunidade internacional para se chegar a um consenso, como o Acordo de Paris sobre o Clima, a Cúpula do Clima em Glasgow e a da Biodiversidade de Kunming, na China.

De modo especial, o Santo Padre pede a proteção das comunidades indígenas de empresas, particularmente multinacionais, que depredam seu habitat.

Um tempo para rejubilar
Francisco conclui recordando que Jubileu também é momento de festa, constituído hoje pela mobilização de periferias em prol da proteção da casa comum.

“É uma alegria ver tantos jovens e comunidades, especialmente indígenas, na linha da frente para dar resposta à crise ecológica”. “cientes de que «as coisas podem mudar”, escreve o Papa.

Outro motivo de alegria é o Ano especial de aniversário da Laudato si' e o fortalecimento da consciência ecumênica para a salvaguarda da criação.

“Alegremo-nos porque o Criador, no seu amor, sustenta os nossos humildes esforços em prol da Terra. Esta é também a casa de Deus, onde a sua Palavra «Se fez carne e veio habitar conosco» (Jo 1, 14), o lugar que a efusão do Espírito Santo renova sem cessar.”

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Papa Francisco convoca dia de oração pelo fim do coronavírus em 14 de maio


O Papa Francisco pediu aos fiéis católicos e crentes de diferentes religiões que se unam no dia 14 de maio "em um dia de oração e jejum e obras de caridade", para implorar a Deus pelo fim da pandemia de coronavírus COVID-19.

Em suas palavras após a oração do Regina Coeli, o Santo Padre enfatizou que "como a oração é um valor universal, acolhi a proposta do Alto Comitê para a Fraternidade Humana, para que no próximo 14 de maio os crentes de todas as religiões se unam espiritualmente".

Será, disse o Papa Francisco, "um dia de oração e jejum e obras de caridade, para implorar a Deus que ajude a humanidade a superar a pandemia de coronavírus".

“Recordem-se, 14 de maio, todos os crentes unidos, crentes de diversas tradições, para rezar, jejuar e praticar obras de caridade”, disse.

domingo, 26 de abril de 2020

Intensificar a reza do Terço em maio: Papa propõe duas orações

O Papa Francisco reforça a tradição de rezar o Terço em família no mês de maio, revelando um "segredo": sozinho ou em companhia, o importante é rezar com simplicidade.


Duas orações a serem rezadas no final do Terço em maio: esta é a proposta do Papa Francisco a todos os fiéis com a chegada do mês mariano.


É tradição, escreve o Pontífice, rezar o Terço em casa, em família, no mês de maio. “Uma dimensão que as restrições da pandemia nos obrigaram’ a valorizar, inclusive do ponto de vista espiritual.”

A simplicidade
Por isso, Francisco propõe a todos redescobrir no mês de maio a beleza de rezar o Terço em casa: juntos ou sozinhos, o importante é levar em consideração “um segredo”: a simplicidade.

O Papa recorda que é fácil encontrar, inclusive na internet, bons esquemas de oração a seguir, mas oferece dois textos que ele mesmo rezará ao final do Terço, espiritualmente unido a nós.

“Queridos irmãos e irmãs, contemplar juntos a face de Cristo com o coração de Maria, nossa Mãe, nos tornará ainda mais unidos como família espiritual e nos ajudará a superar esta provação. Eu rezarei por vocês, especialmente pelos mais sofredores, e vocês, por favor, rezem por mim. Eu lhes agradeço e os abençoo de coração.”

Eis as orações propostas pelo Santo Padre:

ORAÇÃO A MARIA (I)

Ó Maria,
Vós sempre resplandeceis sobre o nosso caminho
como um sinal de salvação e de esperança.
Confiamo-nos a Vós, Saúde dos Enfermos,
que permanecestes, junto da cruz, associada ao sofrimento de Jesus,
mantendo firme a vossa fé.
Vós, Salvação do Povo Romano,
sabeis do que precisamos
e temos a certeza de que no-lo providenciareis
para que, como em Caná da Galileia,
possa voltar a alegria e a festa
depois desta provação.
Ajudai-nos, Mãe do Divino Amor,
a conformar-nos com a vontade do Pai
e a fazer aquilo que nos disser Jesus,
que assumiu sobre Si as nossas enfermidades
e carregou as nossas dores
para nos levar, através da cruz,
à alegria da ressurreição. Amen.
À vossa proteção, recorremos, Santa Mãe de Deus;
não desprezeis as nossas súplicas na hora da prova
mas livrai-nos de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita.



ORAÇÃO A MARIA (II)

«À vossa proteção, recorremos, Santa Mãe de Deus».

Na dramática situação atual, carregada de sofrimentos e angústias que oprimem o mundo inteiro, recorremos a Vós, Mãe de Deus e nossa Mãe, refugiando-nos sob a vossa proteção.

Ó Virgem Maria, volvei para nós os vossos olhos misericordiosos nesta pandemia do coronavírus e confortai a quantos se sentem perdidos e choram pelos seus familiares mortos e, por vezes, sepultados duma maneira que fere a alma. Sustentai aqueles que estão angustiados por pessoas enfermas de quem não se podem aproximar, para impedir o contágio. Infundi confiança em quem vive ansioso com o futuro incerto e as consequências sobre a economia e o trabalho.

Mãe de Deus e nossa Mãe, alcançai-nos de Deus, Pai de misericórdia, que esta dura prova termine e volte um horizonte de esperança e paz. Como em Caná, intervinde junto do vosso Divino Filho, pedindo-Lhe que conforte as famílias dos doentes e das vítimas e abra o seu coração à confiança.

Protegei os médicos, os enfermeiros, os agentes de saúde, os voluntários que, neste período de emergência, estão na vanguarda arriscando a própria vida para salvar outras vidas. Acompanhai a sua fadiga heroica e dai-lhes força, bondade e saúde.

Permanecei junto daqueles que assistem noite e dia os doentes, e dos sacerdotes que procuram ajudar e apoiar a todos, com solicitude pastoral e dedicação evangélica.

Virgem Santa, iluminai as mentes dos homens e mulheres de ciência, a fim de encontrarem as soluções justas para vencer este vírus.

Assisti os Responsáveis das nações, para que atuem com sabedoria, solicitude e generosidade, socorrendo aqueles que não têm o necessário para viver, programando soluções sociais e económicas com clarividência e espírito de solidariedade.

Maria Santíssima tocai as consciências para que as somas enormes usadas para aumentar e aperfeiçoar os armamentos sejam, antes, destinadas a promover estudos adequados para prevenir catástrofes do género no futuro.

Mãe amadíssima, fazei crescer no mundo o sentido de pertença a uma única grande família, na certeza do vínculo que une a todos, para acudirmos, com espírito fraterno e solidário, a tanta pobreza e inúmeras situações de miséria. Encorajai a firmeza na fé, a perseverança no serviço, a constância na oração.

Ó Maria, Consoladora dos aflitos, abraçai todos os vossos filhos atribulados e alcançai-nos a graça que Deus intervenha com a sua mão omnipotente para nos libertar desta terrível epidemia, de modo que a vida possa retomar com serenidade o seu curso normal.

Confiamo-nos a Vós, que resplandeceis sobre o nosso caminho como sinal de salvação e de esperança, ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria. Amen.

sexta-feira, 27 de março de 2020

Momento extraordinário de oração em tempo de epidemia

«Ao entardecer…» (Mc 4, 35): assim começa o Evangelho, que ouvimos. Desde há semanas que parece o entardecer, parece cair a noite. Densas trevas cobriram as nossas praças, ruas e cidades; apoderaram-se das nossas vidas, enchendo tudo dum silêncio ensurdecedor e um vazio desolador, que paralisa tudo à sua passagem: pressente-se no ar, nota-se nos gestos, dizem-no os olhares. Revemo-nos temerosos e perdidos. À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos. Tal como os discípulos que, falando a uma só voz, dizem angustiados «vamos perecer» (cf. 4, 38), assim também nós nos apercebemos de que não podemos continuar estrada cada qual por conta própria, mas só o conseguiremos juntos.


Rever-nos nesta narrativa, é fácil; difícil é entender o comportamento de Jesus. Enquanto os discípulos naturalmente se sentem alarmados e desesperados, Ele está na popa, na parte do barco que se afunda primeiro... E que faz? Não obstante a tempestade, dorme tranquilamente, confiado no Pai (é a única vez no Evangelho que vemos Jesus a dormir). Acordam-No; mas, depois de acalmar o vento e as águas, Ele volta-Se para os discípulos em tom de censura: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» (4, 40).


Procuremos compreender. Em que consiste esta falta de fé dos discípulos, que se contrapõe à confiança de Jesus? Não é que deixaram de crer N’Ele, pois invocam-No; mas vejamos como O invocam: «Mestre, não Te importas que pereçamos?» (4, 38) Não Te importas: pensam que Jesus Se tenha desinteressado deles, não cuide deles. Entre nós, nas nossas famílias, uma das coisas que mais dói é ouvirmos dizer: «Não te importas de mim». É uma frase que fere e desencadeia turbulência no coração. Terá abalado também Jesus, pois não há ninguém que se importe mais de nós do que Ele. De facto, uma vez invocado, salva os seus discípulos desalentados.


A tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades. Mostra-nos como deixamos adormecido e abandonado aquilo que nutre, sustenta e dá força à nossa vida e à nossa comunidade. A tempestade põe a descoberto todos os propósitos de «empacotar» e esquecer o que alimentou a alma dos nossos povos; todas as tentativas de anestesiar com hábitos aparentemente «salvadores», incapazes de fazer apelo às nossas raízes e evocar a memória dos nossos idosos, privando-nos assim da imunidade necessária para enfrentar as adversidades.


Com a tempestade, caiu a maquilhagem dos estereótipos com que mascaramos o nosso «eu» sempre preocupado com a própria imagem; e ficou a descoberto, uma vez mais, aquela (abençoada) pertença comum a que não nos podemos subtrair: a pertença como irmãos.


«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Nesta tarde, Senhor, a tua Palavra atinge e toca-nos a todos. Neste nosso mundo, que Tu amas mais do que nós, avançamos a toda velocidade, sentindo-nos em tudo fortes e capazes. Na nossa avidez de lucro, deixamo-nos absorver pelas coisas e transtornar pela pressa. Não nos detivemos perante os teus apelos, não despertamos face a guerras e injustiças planetárias, não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo. Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente. Agora nós, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-Te: «Acorda, Senhor!»


«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Senhor, lanças-nos um apelo, um apelo à fé. Esta não é tanto acreditar que Tu existes, como sobretudo vir a Ti e fiar-se de Ti. Nesta Quaresma, ressoa o teu apelo urgente: «Convertei-vos…». «Convertei-Vos a Mim de todo o vosso coração» (Jl 2, 12). Chamas-nos a aproveitar este tempo de prova como um tempo de decisão. Não é o tempo do teu juízo, mas do nosso juízo: o tempo de decidir o que conta e o que passa, de separar o que é necessário daquilo que não o é. É o tempo de reajustar a rota da vida rumo a Ti, Senhor, e aos outros. E podemos ver tantos companheiros de viagem exemplares, que, no medo, reagiram oferecendo a própria vida. É a força operante do Espírito derramada e plasmada em entregas corajosas e generosas. É a vida do Espírito, capaz de resgatar, valorizar e mostrar como as nossas vidas são tecidas e sustentadas por pessoas comuns (habitualmente esquecidas), que não aparecem nas manchetes dos jornais e revistas, nem nas grandes passarelas do último espetáculo, mas que hoje estão, sem dúvida, a escrever os acontecimentos decisivos da nossa história: médicos, enfermeiros e enfermeiras, trabalhadores dos supermercados, pessoal da limpeza, curadores, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos – mas muitos – outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho. Perante o sofrimento, onde se mede o verdadeiro desenvolvimento dos nossos povos, descobrimos e experimentamos a oração sacerdotal de Jesus: «Que todos sejam um só» (Jo 17, 21). Quantas pessoas dia a dia exercitam a paciência e infundem esperança, tendo a peito não semear pânico, mas corresponsabilidade! Quantos pais, mães, avôs e avós, professores mostram às nossas crianças, com pequenos gestos do dia a dia, como enfrentar e atravessar uma crise, readaptando hábitos, levantando o olhar e estimulando a oração! Quantas pessoas rezam, se imolam e intercedem pelo bem de todos! A oração e o serviço silencioso: são as nossas armas vencedoras.


«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» O início da fé é reconhecer-se necessitado de salvação. Não somos autossuficientes, sozinhos afundamos: precisamos do Senhor como os antigos navegadores, das estrelas. Convidemos Jesus a subir para o barco da nossa vida. Confiemos-Lhe os nossos medos, para que Ele os vença. Com Ele a bordo, experimentaremos – como os discípulos – que não há naufrágio. Porque esta é a força de Deus: fazer resultar em bem tudo o que nos acontece, mesmo as coisas ruins. Ele serena as nossas tempestades, porque, com Deus, a vida não morre jamais.


O Senhor interpela-nos e, no meio da nossa tempestade, convida-nos a despertar e ativar a solidariedade e a esperança, capazes de dar solidez, apoio e significado a estas horas em que tudo parece naufragar. O Senhor desperta, para acordar e reanimar a nossa fé pascal. Temos uma âncora: na sua cruz, fomos salvos. Temos um leme: na sua cruz, fomos resgatados. Temos uma esperança: na sua cruz, fomos curados e abraçados, para que nada e ninguém nos separe do seu amor redentor. No meio deste isolamento que nos faz padecer a limitação de afetos e encontros e experimentar a falta de tantas coisas, ouçamos mais uma vez o anúncio que nos salva: Ele ressuscitou e vive ao nosso lado. Da sua cruz, o Senhor desafia-nos a encontrar a vida que nos espera, a olhar para aqueles que nos reclamam, a reforçar, reconhecer e incentivar a graça que mora em nós. Não apaguemos a mecha que ainda fumega (cf. Is 42, 3), que nunca adoece, e deixemos que reacenda a esperança.


Abraçar a sua cruz significa encontrar a coragem de abraçar todas as contrariedades da hora atual, abandonando por um momento a nossa ânsia de omnipotência e possessão, para dar espaço à criatividade que só o Espírito é capaz de suscitar. Significa encontrar a coragem de abrir espaços onde todos possam sentir-se chamados e permitir novas formas de hospitalidade, de fraternidade e de solidariedade. Na sua cruz, fomos salvos para acolher a esperança e deixar que seja ela a fortalecer e sustentar todas as medidas e estradas que nos possam ajudar a salvaguardar-nos e a salvaguardar. Abraçar o Senhor, para abraçar a esperança. Aqui está a força da fé, que liberta do medo e dá esperança.


«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Queridos irmãos e irmãs, deste lugar que atesta a fé rochosa de Pedro, gostaria nesta tarde de vos confiar a todos ao Senhor, pela intercessão de Nossa Senhora, saúde do seu povo, estrela do mar em tempestade. Desta colunata que abraça Roma e o mundo desça sobre vós, como um abraço consolador, a bênção de Deus. Senhor, abençoa o mundo, dá saúde aos corpos e conforto aos corações! Pedes-nos para não ter medo; a nossa fé, porém, é fraca e sentimo-nos temerosos. Mas Tu, Senhor, não nos deixes à mercê da tempestade. Continua a repetir-nos: «Não tenhais medo!» (Mt 14, 27). E nós, juntamente com Pedro, «confiamos-Te todas as nossas preocupações, porque Tu tens cuidado de nós» (cf. 1 Ped 5, 7).

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

1º dia do tríduo da Peregrinação à Aparecida

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Deus, salvação e consolação nossa, esteja convosco.
Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

Peregrinar: Caríssimos irmãos, no dia 31, nossa Arquidiocese viverá mais uma bela experiência que se tornou tradicional no último sábado de agosto: ela se coloca no coração da Mãe, padroeira e Rainha do Brasil, em nossa romaria arquidiocesana. A primeira romaria para o Santuário Nacional aconteceu em 1902, motivada pelo Cardeal Arcoverde, em preparação ao Jubileu de Ouro da proclamação do Dogma da Imaculada Conceição, que aconteceria dois anos depois. Mas foi a partir de 1931 que a peregrinação ganhou maior impulso, após a visita da imagem de Nossa Senhora Aparecida ao Rio de Janeiro, quando foi proclamada padroeira do Brasil, no dia 31 de maio desse ano.

Todos: “As peregrinações evocam nossa caminhada pela terra em direção ao céu. São tradicionalmente tempos fortes de renovação da oração. Os santuários são para os peregrinos, em busca de suas fontes vivas, lugares excepcionais para viver ‘como Igreja’ as formas da oração cristã” (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.691).

Maria e as Vocações: Iremos de maneira especial, agradecer e pedir pelas vocações sacerdotais presentes, atuantes e santas para a Igreja formadas em nossa Arquidiocese. Sendo Maria a primeira vocacionada do Pai, que ela continue a preparar os corações de tantos cristãos para responder assim com ela o “faça-se”. Sendo os sacerdotes os filhos prediletos de Maria, peçamos, em especial, que ela continue guardando esses seus filhos.

Rezemos: Ó Virgem Santíssima, vós que o Cristo crucificado entregou por Mãe ao apóstolo João, e foste presença viva na primeira comunidade, na oração fervorosa à espera do Divino Espírito Santo, junto ao Cenáculo de Jerusalém; intercedei pelas necessidades da Arquidiocese, protegei nossos Bispos e todo Clero. Olhai com carinho pelos Seminários da Arquidiocese que lhe são consagrados, e fazei que floresçam em torno dos altares de nossas paróquias muitas e santas vocações. Interceda para que apareçam Jovens dispostos a servir o Reino de Deus, a exemplo de Vosso Filho Jesus Cristo por meio da entrega de suas vidas em favor do povo por Ele conquistado; e assim a Igreja possa sustentar os fracos, consolar os aflitos e converter os pecadores por meio da pregação do Evangelho, que a todos liberta e traz vida em plenitude.
Amém!

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Em outubro, rezar diariamente o Terço contra o mal que divide

Comunicado de imprensa da Sala de Imprensa da Santa Sé, 29.09.2018

O Santo Padre decidiu convidar todos os fiéis de todo o mundo a rezar todos os dias o Santo Rosário, durante todo o mês mariano de outubro; e, assim, juntar-se em comunhão e penitência, como povo de Deus, pedindo à Santa Mãe de Deus e ao Arcanjo Miguel para proteger a Igreja do diabo, que sempre procura nos dividir de Deus e uns dos outros.
O Santo Padre nos pede que concluamos a recitação do Rosário com a antiga oração "Sub tuum praesidium", e com a oração a São Miguel Arcanjo que nos protege e ajuda na lutar contra o mal (veja Apocalipse 12, 7-12).

Essa é a fórmula da oração:
“Sub tuum praesidium confugimus Sancta Dei Genitrix. Nostras deprecationes ne despicias in necessitatibus, sed a periculis cunctis libera nos semper, Virgo Gloriosa et Benedicta”.

Em português:
”À Vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem Gloriosa e Bendita.”

A oração escrita por Leão XIII a São Miguel Arcanjo é a seguinte:
“Sancte Michael Archangele, defende nos in proelio; contra nequitiam et insidias diaboli esto praesidium. Imperet illi Deus, supplices deprecamur: tuque, Princeps militiae caelestis, Satanam aliosque spiritus malignos, qui ad perditionem animarum pervagantur in mundo, divina virtute, in infernum detrude. Amen”.

Em português:
”São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, cobri-nos com vosso escudo, contra os embustes e ciladas do demônio. Subjugue-o, Deus, instantemente o pedimos e vós, príncipe da milícia celeste, precipitai no inferno a Satanás e a todos os outros espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas.”

Com este pedido de intercessão, o Santo Padre pediu aos fiéis em todo o mundo para rezar para que a Santa Mãe de Deus, coloque a igreja sob seu manto protetor: para preservá-la dos ataques do maligno, o grande acusador, e torná-los ao mesmo tempo sempre mais conscientes das falhas, dos erros, dos abusos cometidos no presente e no passado e comprometidos a lutar, sem qualquer hesitação, para que o mal não prevaleça.

Fonte: http://press.vatican.va/content/salastampa/it/bollettino/pubblico/2018/09/29/0707/01504.html

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Rezemos pelo Brasil

Hora Santa em intenção do período eleitoral
1º de outubro de 2018

Amados irmãos e irmãs, acolhendo o pedido de nossos pastores, os bispos do Regional Leste 1, e mais especificamente do nosso arcebispo, Cardeal Orani João Tempesta, vamos dedicar nossa oração, neste dia em que iniciamos o mês missionário, na intenção do momento eleitoral que vivemos. Em breve teremos de exercer nossa missão de cidadãos e de cristãos participando ativamente no processo de escolha dos nossos representantes nos cargos públicos, e não podemos fazer boas escolhas se não nos colocamos aos pés do Senhor para suplicar sobre nós a luz do Espírito Santo. Rezemos, hoje, na intenção das eleições que estão chegando, suplicando a misericórdia do Senhor sobre nós, eleitores, e sobre todos os que se candidataram aos cargos do Poder Executivo e Legislativo, que elegeremos pelo nosso voto.

1. Exposição do SS. Sacramento (de joelhos)
1. Glória a Jesus na Hóstia Santa que se consagra sobre o altar, e aos nossos olhos se levanta para o Brasil abençoar.
REFRÃO: Que o Santo Sacramento, que é o próprio Cristo Jesus, seja adorado e seja amado nesta Terra de Santa Cruz!
2. Glória a Jesus prisioneiro do nosso amor a esperar, lá no sacrário o dia inteiro, que o vamos todos procurar.
3. Glória a Jesus, Deus escondido, que, vindo a nós na Comunhão, purificado, enriquecido, deixa-nos sempre o coração.

2. Adoração Silenciosa
D. Graças e louvores se deem em todo momento
T. Ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento.
D. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
T. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
D. Jesus, manso e humilde de coração,
T. Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
D. Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento,
T. rogai por nós.

3. Saudação (de pé)
D. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
T. Amém.
D. A graça e a paz de Deus, nosso Pai, e de Jesus Cristo, nosso Senhor, estejam convosco.
T. Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
D. Prezados irmãos e irmãs, estamos aqui reunidos para adorar o Senhor, o Rei dos Reis, e diante d’Ele, apresentar nossas súplicas pelo Brasil, neste período eleitoral que vivemos.
T. Diante do Senhor queremos apresentar nossa vida, como eleitores, e a de todos os que se candidataram a nos representar por meio do poder público.
D. Nesta Hora Santa, façamos o esforço de não pedir apenas por nós mesmos, mas, sobretudo, rezarmos como povo brasileiro, que se preocupa com o futuro de toda a nação, especialmente dos menos favorecidos.
T. Comprometemo-nos a estar diante do Senhor neste momento exercendo a missão de intercessores que recebemos pelo Batismo. Queremos ser a parcela do povo de Deus que reza por todo o Brasil, que apresenta ao Senhor um único clamor pelas necessidades de tantos irmãos e irmãs que, como nós, se preocupam com o futuro de nossa nação.
D. OREMOS. Ó Deus, que de modo admirável dispondes todas as coisas, recebei benigno as preces que vos apresentamos pela nossa pátria, para que, pela sabedoria dos governantes e pela honestidade dos cidadãos, firmem-se a concórdia e a justiça, bem como se alcancem a paz e a perpétua prosperidade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
T. Amém.

quarta-feira, 2 de março de 2016

24 horas para o Senhor

D. Orani João Tempesta
Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro

No dia 13 de março de 2015, o Papa Francisco anunciou no Vaticano que decidiu proclamar um “jubileu extraordinário”, com início no dia 8 de dezembro daquele ano, centrado na misericórdia de Deus. “Será um Ano Santo da Misericórdia. Queremos vivê-lo à luz da palavra do Senhor: ‘Sede misericordiosos como o Pai’, e isto especialmente para os confessores”, disse na homilia da celebração penitencial a que presidiu na Basílica de São Pedro, na abertura da iniciativa “24 horas para o Senhor”.
Proposta pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, promove em todo o mundo a abertura extraordinária das igrejas como um convite a celebrar o sacramento da Reconciliação. O tema do ano passado foi extraído da carta de São Paulo aos Efésios “Deus rico em misericórdia” (Ef 2,4). A misericórdia é um tema muito querido ao Papa Francisco, que já como bispo escolheu como lema: “Com olhos de misericórdia”. No texto da edição italiana da exortação apostólica “Evangelii gaudium”, o termo “misericórdia” aparece 31 vezes. 
Nos dias 4 e 5 de março de 2016, dentro do período da Quaresma, a Igreja realiza novamente a iniciativa “24 horas para o Senhor”. Em todo o mundo, igrejas abrirão as suas portas pelo período de um dia, para que os fiéis possam procurar o Sacramento da Reconciliação. Neste ano do Jubileu, em que somos chamados a ser “misericordiosos como o Pai”, é uma iniciativa ainda mais empenhativa.
A atividade é motivada pelo próprio Papa Francisco. Em sua Mensagem para a Quaresma de 2016, ele destacou esse período como propício à conversão e aproximação da misericórdia divina. “Na Bula de proclamação do Jubileu, fiz o convite para que a Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus”. Com o apelo à escuta da Palavra de Deus e à iniciativa “24 horas para o Senhor”, quis sublinhar a primazia da escuta orante da Palavra, especialmente a palavra profética. Com efeito, a misericórdia de Deus é um anúncio ao mundo, mas cada cristão é chamado a fazer pessoalmente experiência de tal anúncio. 

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Ao colocar o menino Jesus no presépio, reze em família

 
Oração da família diante do presépio

Menino Jesus, Deus que se fez pequeno por nós, diante da cena do teu nascimento, do presépio, estamos reunidos em família para rezar.
Mesmo que fisicamente falte alguém, em espírito somos uma só alma.
Olhando Maria, tua Mãe Santíssima, rezamos pelas mulheres da família, que cada uma delas acolha com amor a palavra de Deus, sem medo e sem reservas, que elas lutem pela harmonia e paz em nossa casa.
Vendo teu pai adotivo, São José, pedimos ó Menino Deus, pelos homens desta família, que eles transmitam segurança e proteção, estejam sempre atentos às necessidades mais urgentes, que saibam proteger nossos lares de tudo que não provém de ti.
Diante dos pastores e reis magos, pedimos por todos nós, para que saibamos render-te graças, louvar-te sempre em todas as circunstâncias, e que não nos cansemos de te procurar, mesmo por caminhos difíceis.
Menino Jesus, contemplando tua face serena, teu sorriso de criança, bendizemos tua ação em nossas vidas.
Que nesta noite santa, possamos esquecer as discórdias, os rancores, possamos nos perdoar.
Jesus querido, abençoa nossa família, cura os enfermos que houver, cura as feridas de relacionamentos.
Fazemos hoje o propósito de nos amar mais.
Que neste Natal a bênção divina recaia sobre nós.
Amém.
Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/ao-colocar-o-menino-jesus-no-presepio-reze-em-familia-99051/

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Jovens e catequistas nas intenções do Papa para setembro

Os jovens e os catequistas estão nas intenções de oração do Papa Francisco para o mês de setembro.
A intenção universal é: “Para que se multipliquem as oportunidades de formação e de trabalho para os jovens".
"No Brasil e em outros países, falta aos jovens uma boa formação para atender a demanda das indústrias, do comércio e de outras atividades. Essas situações são responsáveis até pela busca de falsas saídas na dependência das drogas, ou na opção pela criminalidade. É pelas novas gerações que o Papa Francisco nos convida a rezar! No fundo é por toda a sociedade! Rezemos com fervor! Confiemos nossos jovens ao Sagrado Coração", lê-se no site do Apostolado da Oração.
Já a intenção pela evangelização é “Para que a vida dos catequistas seja um testemunho coerente da fé que anunciam”.
O Papa nos exorta a rezar por todos aqueles que se dedicam a ajudar crianças, jovens e adultos a conhecer e a amar o Senhor Jesus. “Ensinar a fé é algo muito valioso e um trabalho magnífico. Poder apresentar às crianças quem é Jesus, fazê-Lo ser conhecido e amado é uma dádiva, é um dom. Uma missão que não é simples e poucos são os que aceitam o grande desafio. Esse seja, talvez, o melhor legado que podemos passar: a fé!”, é o que se lê ainda no site do Apostolado da Oração, que prossegue: “Peçamos a intercessão da Virgem Maria, nossa Mãe, para que surjam novos catequistas e os que já caminham no serviço à Igreja tenham novo ânimo para dar seguimento na evangelização. Que São José de Anchieta, padroeiro dos catequistas e grande evangelizador, interceda, inspire e ilumine-os em sua missão. Amém!”

Foto: ANSA

Fonte: http://arqrio.org/noticias/detalhes/3533/jovens-e-catequistas-nas-intencoes-do-papa-para-setembro

domingo, 8 de junho de 2014

Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora, fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado do sentido da santa Igreja! Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao coração do senhor Jesus! Um coração grande e forte para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos! Um coração grande e forte para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda desilusão, toda ofensa! Um coração grande e forte, constante até o sacrifício, quando for necessário! Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir humilde, fiel e virilmente, a vontade do Pai. Amém.

Paulo VI

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A oração do Pai Nosso

Segundo o Compêndio do Catecismo, na pergunta 581, a oração do Pai Nosso é a oração da Igreja por excelência. Jesus a ensinou aos seus discípulos como nos atestam os relatos de Mt 6,9-13 e Lc 11,2-4. A comunidade cristã, desde o primeiro século, tem a prática de rezá-la três vezes ao dia, como nos mostra a Didaqué 8,3. Tertuliano, no terceiro século, vai dizer, em seu escrito Sobre a Oração, que ela é “o resumo do Evangelho” e Santo Tomás de Aquino, na Suma Teológica, vai chamá-la de “a mais perfeita das orações”. Vejamos agora um pouco da história e do conteúdo desta oração.

O texto nos Evangelhos
A Sagrada Escritura apresenta duas versões para a oração do Pai Nosso. São Mateus apresenta a oração do Senhor dentro do Sermão da Montanha (Mt 5,7). Na intenção do evangelista fica claro que aquela oração é a dos discípulos de Jesus. São Lucas oferece a oração dentro de outro contexto, a partir de um pedido de um discípulo que queria aprender a rezar como o Senhor. Outra diferença entre os dois relatos reside no número de pedidos: em Mateus aparecem sete e em Lucas, cinco (omitindo o terceiro e o sétimo). De forma geral, os exegetas afirmam que Mateus apresenta a forma original da oração e que Lucas apresenta o contexto original no qual ela foi ensinada.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Oração do Papa Francisco à Sagrada Família

Jesus, Maria e José
a vós, Sagrada Família de Nazaré,
hoje, dirigimos o olhar
com admiração e confiança;
em vós contemplamos
a beleza da comunhão no amor verdadeiro;
a vós confiamos todas as nossas famílias;
para que se renovem nessas maravilhas da graça.


Sagrada Família de Nazaré,
escola atraente do santo Evangelho:
ensina-nos a imitar as tuas virtudes
com uma sábia disciplina espiritual,
doa-nos o olhar claro
que sabe reconhecer a obra da providência
nas realidades cotidianas da vida.


Sagrada Família de Nazaré,
guardiã fiel do mistério da salvação:
faz renascer em nós a estima pelo silêncio,
torna as nossas famílias cenáculo de oração
e transforma-as em pequenas Igrejas domésticas,
renova o desejo de santidade,
sustenta o nobre cansaço do trabalho, da educação,
da escuta, da recíproca compreensão e do perdão.


Sagrada Família de Nazaré,
desperta na nossa sociedade a consciência
do caráter sagrado e inviolável da família,
bem inestimável e insubstituível.
Cada família seja morada acolhedora de bondade e de paz
para as crianças e para os idosos,
para quem está doente e sozinho,
para quem é pobre e necessitado.


Jesus, Maria e José
a vós com confiança rezamos, a vós com alegria nos confiamos.


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Consagração a Nossa Senhora Aparecida

Ó Maria Santíssima, pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo, em vossa querida imagem de Aparecida, espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil. Eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado a vossos pés, consagro-vos o meu entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis, consagro-vos a minha língua, para que sempre vos louve e propague a vossa devoção. Consagro-vos o meu coração para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas. Recebei-me, ó Rainha incomparável, vós que o Cristo crucificado deu-nos por Mãe, no ditoso número de vossos filhos e filhas. Acolhei-me debaixo de vossa proteção. Socorrei-me em minhas necessidades, espirituais e temporais, sobretudo na hora de minha morte. Abençoai-me, ó celestial cooperadora, e, com vossa poderosa intercessão, fortalecei-me em minha fraqueza a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda eternidade. Assim seja!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Vida orante pelo celular


No mês da Bíblia, a Igreja nos convida a uma maior atenção à Sagrada Escritura, o que não significa dizer que nos outros meses devemos deixar de fazê-la. Para facilitar a leitura e a reflexão da Palavra de Deus diariamente, foram desenvolvidos diversos aplicativos (programas instalados em celulares ou computadores). É o caso, por exemplo, do acesso a leituras bíblicas pelo celular.

         Adepto aos benefícios proporcionados pelas novas tecnologias, monsenhor Sérgio Costa Couto, reitor da Igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro, na Glória, utiliza o celular para leituras, orações e para rezar a Liturgia das Horas.
            “Hoje em dia rezo toda a Liturgia das Horas pelo celular, porque está sempre no bolso e tenho sempre à disposição. Essa é minha ferramenta principal enquanto leitura para uso espiritual”, afirmou o monsenhor, que passou a desfrutar dos aplicativos através do conselho de paroquianos.
            O religioso, por vezes, em suas homilias, dá orientações, divulga sites e palestras que estão disponíveis para serem baixadas no celular. Ele alerta, entretanto, para o cuidado que se deve ter com a origem do conteúdo.
            “Em vários momentos podemos nos alimentar da Palavra de Deus, do magistério da Igreja e de bons ensinamentos. O importante é sempre escolher bem, com fidelidade à Igreja, e mantendo nossa vida de oração sadia. Por isso é necessário que haja esse direcionamento para o bem e para a maior glória de Deus, pois, como tudo que é humano, pode ser utilizado tanto para o bem quanto para o mal”, enfatizou.
            Com a Bíblia gravada em seu celular e detentor de um acervo de aproximadamente cem palestras do Papa emérito Bento XVI, entre audiências e homilias, monsenhor Sérgio destacou que com a praticidade dos dispositivos móveis ficou mais fácil a leitura diária da Bíblia.
            “A oração não deve ser mais um peso que colocamos em nossa vida, mas, ao contrário, é a nossa própria vida que deve ser alimentada pela oração. Em nossos deslocamentos, devemos procurar manter sempre esta presença de Deus. Os celulares possuem aplicativos cada vez mais desenvolvidos e, graças a Deus, os católicos estão correndo atrás desses elementos que possam conter orações”, disse o monsenhor. 

sábado, 7 de setembro de 2013

Oração pela paz na Síria


 
Deus eterno e todo-poderoso, fonte de toda compaixão, a promessa da sua misericórdia e salvação ajuda a encher os nossos corações de esperança. Escuta os gritos do povo da Síria; cura os que estão sofrendo com a violência e consola os que estão chorando os mortos. Capacita e encoraja os países vizinhos da Síria na ajuda e acolhimento aos refugiados. Converte os corações daqueles que pegaram em armas e fortalece os comprometidos com a paz.
 
Ó Deus da esperança e Pai da misericórdia, que seu Espírito Santo nos faça olhar além de nós mesmos e das nossas necessidades. Faz com que os líderes escolham a paz ao invés da violência e busquem a reconciliação com os inimigos. Suscita na Igreja em todo o mundo compaixão pelo povo da Síria e nos encha de esperança por um futuro de paz construído na justiça para todos. Isto nós vos pedimos através de Jesus Cristo, Príncipe da Paz e Luz do Mundo, que vive e reina para sempre. Amém.

Fonte: www.usccb.org (Tradução da catequista Maria Helena Sette Câmara)

quarta-feira, 10 de julho de 2013

11 de julho: Dia de Orar pela JMJ

Na próxima quinta-feira, 11 de julho, fiéis de todas as partes do mundo são convidados a intensificar suas orações em intenção da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013). A qualquer hora do dia ou da noite, em qualquer lugar, em grupo e até mesmo de um jeito bem pessoal, cada cristão poderá elevar a Deus suas preces para que este grande evento alcance o coração dos jovens e faça brotar muitos frutos para a nossa sociedade. O Dia Mundial de Oração contará ainda, para os que desejarem, com um pequeno roteiro, com passagem bíblica, mensagem do Papa Francisco, algumas preces especiais e música: 

Para o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, esta ocasião é especialmente propícia para a unidade de oração entre os fiéis e, ao mesmo tempo, traz a certeza de que nesta época de tantas mudanças é preciso a consciência de que há uma grande missão a se cumprir.
— Estamos convidados a viver um dia de oração na intenção da JMJ Rio 2013. O Brasil se unirá em prece pedindo para que esse evento desencadeie em toda a nossa terra uma nova realidade de jovens que sejam protagonistas de um mundo novo. Jovens que trazem em seu coração os valores do Evangelho e não se deixam desanimar pelas dificuldades, porque foram modelados na obediência ao Senhor e dão testemunho de tempos novos, desejou.
Para o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Eduardo Pinheiro, esta oportunidade,”coincidentemente, acontece num contexto brasileiro de manifestação de muitos sonhos juvenis de dignidade, de felicidade, de justiça, de solidariedade, de paz, de um mundo melhor” e isso deve ser uma motivação a mais: 
— Sejamos criativos e endossemos esta iniciativa do “Dia de Oração pela Jornada Mundial da Juventude Rio2013”. Reconhecendo as grandes maravilhas operadas por Deus neste tempo de preparação, pedimos a Ele o sucesso no desenvolvimento de tudo aquilo que já foi carinhosamente preparado, a não realização do que for contrário a sua vontade, a nossa abertura de espírito a sua comunicação de amor, os bons frutos que farão parte da nova história de todos nós, orientou. 
— Entendo que a oração é uma bela forma de estar em sintonia com Deus e com os irmãos. E que, a partir do momento em que eu me coloco aberta a esta unidade, eu me comprometo com a vontade de Deus e também com o cuidado que devo ter pelos meus irmãos. Assim, eu me sinto e sou responsável pela JMJ Rio2013. Por isso, rezo!, partilhou a estudante Alice Rodrigues.
Fonte: arqrio.org

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Feliz e Santo Dia dos Namorados!


ORAÇÃO DOS NAMORADOS

Senhor, revelaste a alegria do amor
entre mim e uma pessoa.
Hoje, de mãos dadas, vivenciamos
esta maravilhosa experiência: o namoro.
Namorar é aprender a amar, a respeitar as diferenças;
é permitir a descoberta um do outro,
formando, assim, uma aliança de felicidade.
Ó Mestre, abençoa o nosso namoro.
Ensina-nos a amar, compreender, servir,
respeitar e perdoar um ao outro.
Conserva acesa a chama desse amor aprendiz
em nossos corações.
Ilumina os nossos projetos e,
sendo tua vontade, faze-nos felizes
para vivermos as realizações.
Nós, como namorados,
queremos sentir-te presente
nos caminhos do amor, agora e sempre. Amém.

Texto: Luizinho Bastos (Ed. Paulinas)