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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Aparecida receberá catequistas de todo o Brasil

O evento “Catequistas Brasil” será realizado entre os dias 7 e 9 de fevereiro no Santuário Nacional de Aparecida com a participação de mais de 3 mil pessoas.

A cidade de Aparecida (SP) será sede da 2ª edição do Catequistas Brasil que se realizará entre os dias 07 e 09 de fevereiro de 2020 no Santuário Nacional, na casa da Mãe Aparecida. O Evento, que tem a missão de educar para a evangelização, reunirá quase 3 mil catequistas de todos os Estados do Brasil.
Com o objetivo de capacitar o catequista, o Evento tem o propósito e missão de contribuir para que ele se dedique à pastoral de forma evangelizadora e missionária, munido de estratégias e métodos construtivos que beneficiam na formação do discípulo de Jesus, mas, também oferecer conhecimentos técnicos e didáticos.  Catequistas Brasil quer proporcionar um encontro onde o catequista possa exercer sua vocação missionária com inspiração, motivação e conhecimento para unir e viver a catequese na comunidade com alegria e entusiasmo. Os principais catequistas do Brasil ministrarão palestras no Evento.
A edição desse ano contará com mais de 50 atividades que acontecerão simultaneamente em sete locais, sendo três auditórios, três arenas temáticas e uma grande plenária. Além dessas atrações, Estações Dinâmicas serão apresentadas pelas principais editoras católicas do Brasil, entre elas a Paulus, Paulinas, Ave Maria, Santuário, Canção Nova, CNBB e Scalla, além da Distribuidora Loyola de Livros. A programação nesses espaços é voltada para encontros de autores de catequese com os congressistas.
Com o tema “Venha e Veja!”, o Evento contará, ainda, com artistas e bandas católicas ligadas à Catequese e promete muitas outras atrações aos participantes. Os interessados devem correr para garantir a sua inscrição pois restam poucas vagas. O Certificado Digital de conclusão do Curso será emitido pela Faculdade Dehoniana, dos padres do Sagrado Coração de Jesus (SCJ).
O Catequistas Brasil é um evento realizado pela Revista Paróquias que, há mais de 15 anos, publica conteúdos sobre gestão eclesial e prática pastoral e promove a Semana da Gestão Eclesial onde realiza seis Congressos voltados para a administração de igrejas e casas religiosas, como o CONAGE – Congresso Nacional de Gestão Eclesial, o CONASPAR – Congresso Nacional de Secretários Paroquiais e o CONADIZ – Congresso Nacional da Pastoral do Dízimo e da Partilha, entre outros. Na organização do conteúdo programático, a Revista conta com a colaboração de leigos e religiosos que dominam a catequese em suas missões evangelizadoras.
A Promocat Promotora Católica, agência responsável pela Feira ExpoCatólica, o maior evento de promoção do segmento na América Latina, além de ter colaborado em grandes eventos como a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro em 2013 e os últimos três Congressos Eucarísticos Nacionais, é a promotora do Catequistas Brasil.

Inscrições:
As inscrições para o Catequistas Brasil 2020 podem ser feitas até o dia 5 de fevereiro pelo site www.evento.catequistasbrasil.com.br ou no local após esta data.
Para mais informações e inscrições entrar em contato: (12) 3311-0665 | (12) 99630-1989 (WhatsApp)


terça-feira, 6 de agosto de 2019

Círio de Nazaré: ‘Maria, Mãe da Igreja’

Neste final de semana, de 2 a 4 de agosto, pela 11ª vez, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, vinda de Belém do Pará, percorreu a área de abrangência da Arquidiocese do Rio, em comunidades paroquiais, instituições religiosas e no Centro de Tradições Nordestinas. Foi elaborada intensa programação, com celebrações missionárias e eucarísticas, e mini-círios.

Devoção
A invocação e imagem de Nossa Senhora de Nazaré têm várias tradições. A mais conhecida é a de Portugal. No norte do Brasil, com a influência lusitana, uma tradição nova se implantou há séculos e tem sido um grande momento de evangelização de nosso povo. Com a migração paraense para todo país, essa cultura e devoção foi levada também para vários locais do Brasil, entre os quais, o Rio de Janeiro, onde, há décadas, ocorrem celebrações e círios. Embora as imagens em sua iconografia diferem entre si, no entanto, a invocação nos leva ao clima da cidade de Nazaré e, consequentemente, da Sagrada Família. 
“A simplicidade de Nazaré é o pano de fundo da missão que se aprofunda a cada ano com a visita da imagem peregrina. São pequenos sinais da devoção popular que nos ajudam e buscar aqu’Ele que Maria nos aponta para obedecer: Jesus Cristo, nosso Senhor”, disse o arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, que também foi arcebispo em Belém do Pará, de 2004 a 2009.

Padroeira dos paraenses
No Pará, foi o caboclo Plácido José de Souza quem encontrou, em 1700, às margens do igarapé Murutucú (onde hoje se encontra a Basílica Santuário), uma pequena imagem da Senhora de Nazaré. Após o achado, Plácido teria levado a imagem para a sua choupana e, no outro dia, ela não estaria mais lá. Correu ao local do encontro e lá estava a ‘Santinha’. O fato teria se repetido várias vezes até a imagem ser enviada ao Palácio do Governo. No local do achado, Plácido construiu uma pequena capela.

Círio de Nazaré
Em 1792, o Vaticano autorizou a realização de uma procissão em homenagem a Virgem de Nazaré, em Belém do Pará. Organizado pelo presidente da Província do Pará, capitão-mor Dom Francisco de Souza Coutinho, o primeiro Círio foi realizado no dia 8 de setembro de 1793.
Segundo Dom Orani, no início, não havia data fixa para o Círio. Mas, a partir de 1901, por determinação do bispo Dom Francisco do Rêgo Maia, a procissão passou a ser realizada sempre no segundo domingo de outubro.
“Realizado em Belém do Pará há mais de dois séculos, o Círio de Nazaré é uma das maiores e mais belas manifestações católicas do Brasil e do mundo. Reúne, anualmente, cerca de dois milhões de romeiros numa caminhada de fé pelas ruas da capital do estado, num espetáculo grandioso em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, a mãe de Jesus”, afirmou Dom Orani.

O caminho da fé
No segundo domingo de outubro, a procissão sai da Catedral de Belém e segue até a Praça Santuário de Nazaré, onde a imagem da Virgem fica exposta para veneração dos fiéis durante 15 dias. O percurso é de 3,6 quilômetros e já chegou a ser percorrido em nove horas e quinze minutos, como ocorreu em 2004, no mais longo Círio de toda a história.
Dom Orani lembrou que na procissão, a Berlinda que carrega a imagem da Virgem de Nazaré é seguida por romeiros de Belém, do interior do estado, de várias regiões do país e até do exterior. Em todo o percurso, os fiéis fazem manifestações de fé, enfeitam ruas e casas em homenagem à santa. Por sua grandiosidade, o Círio de Belém foi registrado, em setembro de 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial.
“Vamos ao encontro da Senhora de Nazaré porque Ela nos aponta para o seguimento de Cristo que é caminho, verdade e vida! Maria missionária vem, com sua imagem, nos incentivar a viver este ano da esperança com a missão de ir anunciando seu Filho Jesus”, destacou Dom Orani.

Carlos Moioli


quarta-feira, 29 de maio de 2019

Cuidados paliativos: uma resposta da Igreja em defesa da vida

Preservar a vida, desde a concepção até a morte natural. Esse é um dos pontos defendidos pelo Congresso Latino-Americano de Cuidados Paliativos, que acontece no Edifício São João Paulo II, na Glória, promovido pela Academia Pontifícia para a Vida e a Arquidiocese do Rio de Janeiro.
O terceiro dia de conferência, 28 de março, teve início com a celebração eucarística presidida pelo arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta. A missa foi concelebrada pelo bispo auxiliar do Rio, Dom Paulo Celso Dias do Nascimento, pelos membros da Academia Pontifícia para a Vida monsenhor Andrea Ciucci e Ricardo Mensuali, do bispo auxiliar da Diocese de La Plata, na Argentina, Dom Alberto Bochatey, além dos demais sacerdotes e diáconos.
O Cardeal Orani frisou, na homilia, a importância de a Igreja prosseguir na defesa da vida. “O Documento de Aparecida lembra que vivemos uma mudança de época, com questionamentos importantes, os quais somos chamados a, enquanto Igreja, refletir e responder de acordo com a nossa fé. Vimos que, pela ação do Espírito Santo, falamos sobre a vida. Mas isso não se faz sem dificuldades: ‘Se perseguiram a mim, perseguirão também a vós’. Mesmo assim, a Igreja segue anunciando a vida, em diálogo com uma sociedade em mudança, defendendo a vida desde a sua concepção até a morte natural. Que neste congresso consigamos dar muitos frutos, inspirados pela Solenidade de Pentecostes que se aproxima”, disse.
A primeira conferência do dia foi ministrada pelo Andrea Ciucci, que representou o presidente da academia, Dom Vincenzo Paglia, impossibilitado de conduzir a apresentação por motivos médicos.
Na ocasião, monsenhor Andrea leu a apresentação de Dom Vincenzo, na qual o presidente destacou o avanço tecnológico, tanto de maneira positiva quanto negativa. “Utilizando os meios que estão em nosso alcance, o ser humano e, na realidade, todas as formas de vida, podem ser analisadas, estudadas e manipuladas nos mínimos detalhes. A possibilidade desse nível de manipulação das estruturas sensoriais, motoras, neurocognitivas e geneticocognitivas abrem novos e indesejáveis horizontes, que devemos defender intelectualmente, de maneira que sejam possibilitadas soluções ético-humanísticas que estejam à altura das possibilidades tanto positivas quanto negativas para a sociedade civil e, em geral, para todas as formas de interação humana”, comentou.
Na conferência criticou-se, ainda, o desejo de modificação do relógio biológico, sentimento impulsionado, justamente, pelo avanço tecnológico. “A sociedade tecnologicamente avançada se prepara para dar um salto qualitativo. A ciência de hoje em dia é capaz de intervir na vida de cada indivíduo, nas gerações futuras, mas sem nenhuma melhoria à condição de existência humana. O desejo do homem de dominar a natureza está se convertendo no desejo de cada coração de controlar e potenciar o relógio biológico. Hoje em dia, a única realidade em que vale a apena confiar parece ser a vida que o homem acredita poder construir com suas próprias mãos. A promessa de uma vida longa, uma 'imortalidade', é o argumento mais convincente que a sociedade tecnológica pode oferecer”, completou.
Durante a segunda conferência, monsenhor Ricardo Mensuali apresentou o White Book for Global Palliative Care Advocate (Livro Branco para a Defesa Global de Cuidados Paliativos – tradução literal), que é uma ferramenta para o auxílio na tomada de decisão médica. “Nele, há recomendações dirigidas aos diferentes ambientes e profissionais que lidam – ou pelo menos deveriam lidar – com os cuidados paliativos, como médicos, políticos, administradores do bem público, universidades, trabalhadores do setor da saúde, mas também são dirigidos aos enfermos. Cada um de nós pode encontrar as nossas próprias páginas de acordo com nosso trabalho”, comentou.
Monsenhor Mensuali também contou a motivação para a publicação do livro. “Há três anos, houve um congresso da Associação Mundial dos Médicos, em Roma. Na ocasião, o presidente nos pediu para realizar o congresso no Vaticano. Ele nos disse que dentro da associação, que tinha médicos de diferentes visões, havia uma tendência: muitos queriam que a eutanásia ganhasse espaço e isso afetaria as legislações de diversos países. O intuito dele era fazer com que a palavra da Igreja pudesse alcançar esses médicos, uma vez que o trabalho deles é salvar vidas, cuidar dos doentes e, portanto, evitar a morte”, contou.
O sacerdote ainda acrescentou que “o Papa Francisco enviou uma mensagem para aquele congresso que dizia: 'Precisamos de sabedoria porque, hoje, é cada vez mais forte a tentação de insistir em tratamentos que provocam fortes efeitos no corpo humano, mas que nem sempre beneficiam o bem integral da pessoa'. Os cuidados paliativos são, portanto, a nossa resposta. A Igreja tem há séculos o papel de estar ao lado daquele enfermo. Esse papel precisa ser fortalecido e aprofundado”, concluiu.
O início dos trabalhos no período da tarde foi conduzido por Dom Alberto Bochatey, bispo auxiliar de La Plata, na Argentina. Em sua palestra, Dom Alberto apresentou os aspectos éticos-existenciais sobre morte e o morrer, destacando ainda o papel da Igreja no apoio as famílias que tratam de parentes em estado vegetativo ou terminal. As ações positivas, de acordo com o bispo, consistem em “sustentar as famílias, não deixando-as sozinhas com seus dramas humanos, psicológicos e econômicos”, explicou. Padre Aníbal encerrou o painel abrindo o debate para o pública após breve reflexão.


segunda-feira, 27 de maio de 2019

Arquidiocese do Rio dá início ao Congresso Latino-Americano de Cuidados Paliativos

Iniciou-se, neste sábado, dia 25 de maio, o Congresso Latino-Americano de Cuidados Paliativos. As conferências foram dirigidas aos seminaristas e agentes pastorais de todo o Regional Leste 1 e tiveram lugar no auditório do subsolo da Catedral Metropolitana, na Avenida Chile, Centro do Rio. O evento é uma realização da Pontifícia Academia para a Vida (PAV) e Arquidiocese do Rio. 
A abertura solene se deu  com a Santa Missa presidida pelo arcebispo, Cardeal Orani João Tempesta, concelebrada pelos bispos auxiliares Dom Paulo Celso Dias do Nascimento, referencial da Pastoral da Saúde arquidiocesana, e Dom Joel Portella Amado, referencial para as Pastorais Sociais e presidente do congresso, além de diversos outros sacerdotes presentes.
Na sessão de abertura das conferências, Dom Orani acolheu o presidente da Academia Fides et Ratio - Fé e Razão - da arquidiocese, padre Aníbal Gil Lopes, que é também membro da Pontifícia Academia para a Vida e organizador do congresso; também presentes à mesa, o pároco da Catedral e coordenador da pastoral arquidiocesana, Cônego Cláudio Santos, e o vigário episcopal para a Caridade Social, Monsenhor Manuel Manangão.

Cuidar, ainda que não venha a cura
Ao abrir oficialmente o Congresso Latino-Americano de Cuidados Paliativos, Dom Orani ressaltou o pioneirismo da Arquidiocese do Rio nessa iniciativa, destacando que  "há, hoje em dia, uma cultura, em nossa sociedade, de se descartar as pessoas e de não valorizá-las, quando elas já não podem mais contribuir financeiramente, como se, a partir de então, elas deixassem de ser pessoas, para se tornarem tão somente gastos. Por isso, falar de cuidados paliativos, significa falar de valorização da vida humana em todas as suas dimensões. Daí que surgiu o anseio de se iniciar um trabalho pastoral de cuidados paliativos, ampliando as ações da Pastoral da Saúde", esclareceu o arcebispo.
E externou seu desejo de "que tanto a dimensão pastoral quanto a científica estejam sempre mais bem preparadas e em constante diálogo com os bispos, e nos ajudem a sermos Igreja ainda mais, também como Igreja latinoamericana, sendo essa presença da Igreja Católica junto aos que sofrem em nosso continente, para afirmar, em nome de Cristo, que o cuidar tem valor em si, ainda que não venha a cura", declarou Dom Orani.
Entre os conferencistas convidados, estarão o bispo auxiliar de La Plata, na Argentina, Dom Alberto Bochatey e o secretário da PAV, Monsenhor Riccardo Mansueli, representando o Cardeal Vincenzo Paglia, atual presidente da Pontifícia Academia para a Vida. O congresso tem prosseguimento entre os dias 27 e 31, no Edifício São João Paulo II, na Glória.

"Estive doente: tu me visitaste?"
Com o título "A ética do cuidado", a primeira conferência tratou os aspectos éticos nos cuidados paliativos, e foi ministrada pelo padre Aníbal Gil Lopes, que é médico e biofísico. 
Numa abordagem absolutamente espontânea, que muito agradou aos presentes, padre Aníbal explicou que "cuidados paliativos são uma das linhas de atuação da PAV, incluindo o tema da ética e da robótica. Hoje, várias funções são delegadas à máquina; e o ponto fulcral é encontrar caminhos para, dentro da ética, responder à pergunta de Jesus: 'Estive doente: e tu, me visitaste?'", indagou padre Aníbal.
Partindo da noção de que toda forma de vida é, antes de tudo, relação - já que células se unem e se comunicam, formando sistemas que permitirão à comunicação propagar-se e chegar cada vez mais longe - nesse sentido, o médico afirmou:
"Ética representa a boa comunicação, a boa saúde da comunicação entre os sistemas, permitindo processos saudáveis e harmoniosos de relacionamento. Dessa forma, é possível o 'paliar', isto é, proteger o outro, respeitando sua intimidade e privacidade", disse. 
Em termos de virtudes, ressaltou a humildade como condição para "colocar-se a serviço do outro, fazendo-se igual, indo até o outro, na condição em que ele está, preservando a integridade da pessoa, não imbuindo-se de 'onipotência', mas respeitando a integridade e a natureza daquilo que o outro é. Nos cuidados paliativos deve ocorrer um verdadeiro encontro entre duas pessoas".
E concluiu, dizendo:
"A ética em cuidados paliativos reside em que o cuidador deve ir ao encontro do sigilo e do íntimo do paciente, e isso deve partir de uma experiência existencial que me leva a não querer fazer mal ao outro. A partir disso, buscar crescer juntos, tendo presente que não se deve cuidar da doença, mas da pessoa e da saúde dela. Remédios tornam-se obsoletos. Uma fórmula suplanta a outra. A relação humana é de outra ordem, cuidar é substantivo, é essencial, e isso somente Deus nos dá", finalizou.

Qualidade de vida e qualidade de morte
A segunda conferência, já na tarde sábado, teve como título "Cuidados Paliativos: o que significam? Aspectos médicos", e foi ministrada pela diretora do Hospital do Câncer IV, do Instituto Nacional de Câncer (INCA IV), Germana Hunes Grassi Gomes. Com larga experiência na área de Medicina, com ênfase em Cuidados Paliativos, a doutora Germana tratou o tema da morte, recordando que somos todos destinados à finitude:
"Estamos, inevitavelmente, fadados a morrer. Apesar disso, é possível oferecer condições para uma morte digna. Para isso, deve se ter em conta que os cuidados paliativos devem ter início a partir do diagnóstico (de irreversibilidade), no passado eram iniciados apenas já na iminência da morte. Porém, à medida que a funcionalidade do paciente vai diminuindo, os cuidados paliativos tornam-se mais prevalentes, mas necessários para o alívio do sofrimento; e esses cuidados não acabam logo após a morte do paciente; resta a família, cuida-se de uma unidade, isto é, paciente e família, razão pela qual os cuidados paliativos devem ter início com o diagnóstico, para que se estabeleça a relação com essa unidade familiar e, conhecendo-a bem, poder oferecer aos familiares todo suporte, durante o processo terminal do paciente, e, posteriormente, também durante o enlutamento", explicou a médica.

Conhecer para paliar
A especialista chamou a atenção para o fato de que "o outro é gerente do seu próprio corpo. Por isso, devemos ter respeito pela sua autonomia, enquanto pessoa, bem como seus desejos; oferecer condições para uma morte digna, com mínimo estresse e no local à escolha do paciente, tendo em vista também a prevenção de problemas durante o luto e mesmo situações traumáticas para família, após o falecimento", ressaltou Germana.
Ela recordou também que o serviço de cuidados paliativos contempla a dor total, isto é, os diversos sofrimentos que acometem o paciente, e são eles: a dor física; as dores sociais, que dizem respeito à preocupação com a família, a casa, os bens e/ou benefícios a serem deixados aos entes queridos; as dores emocionais, cujos sintomas são, em geral: ansiedade, tristeza, medo (do desconhecido, isto é, da morte), depressão; e as dores espirituais, que estão relacionadas ao sagrado - este podendo compreender ou não a  religiosidade - e as questões relacionadas à vida e à morte. Neste sentido, a médica defendeu que "tão certo como é fundamental a qualidade de vida, assim também, ao paciente sob cuidados paliativos, deve ser assegurada a qualidade de morte, isto é, livre de sofrimento, de forma que os cuidados oferecidos sejam compatíveis com seus valores e desejos; valores éticos, morais e religiosos", pontuou.
A médica encerrou sua conferência, emocionando-se, ao citar uma frase da pioneira em cuidados paliativos, a médica britânica, Cicely Saunders: "O sofrimento humano só é intolerável quando ninguém cuida".
O primeiro dia de Congresso Latino-Americano de Cuidados Paliativos foi encerrado com a oração das Vésperas, na capela do Santíssimo Sacramento, presidida pelo bispo auxiliar Dom Paulo Celso Dias do Nascimento.

Foto de capa: Fátima Lima



quarta-feira, 20 de março de 2019

Puebla acolhe a I Semana Latino-americana de Iniciação à Vida Cristã

Com o objetivo de assumir de modo orgânico a Iniciação à Vida Cristã como maneira ordinária e indispensável para promover e formar discípulos missionários de Jesus Cristo na América Latina e no Caribe, representantes das conferências episcopais que formam o CELAM, estão reunidos de 18 a 22 de março na cidade de Puebla (México).
A semana de estudos e reflexões teve início na tarde do dia 18, com a celebração eucarística no Santuário de Guadalupe, presidida por Dom Octavio Ruiz, secretário geral do Pontifício Conselho para a promoção da Nova Evangelização.
No segundo dia de atividades (19), as reflexões tomaram por base as respostas dos questionários que as conferências enviaram ao CELAM em momento preparatório da I Semana Latino-americana de Iniciação à Vida Cristã.

Seguiu-se com a contextualização dos 40 anos da III Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e Caribenho, realizada em Puebla em 1979.
Ao longo dos demais períodos de estudos e partilha de experiências, várias conferências com temática bíblica, histórica e pastoral, ajudarão os participantes na elaboração de proposições para o processo de evangelização da Igreja tendo como eixo central a Iniciação à Vida Cristã.

sexta-feira, 1 de março de 2019

Jornada Catequética do Vicariato Jacarepaguá

Foi realizada na Paróquia Santo Agostinho – Barra da Tijuca, no dia 23 de fevereiro.

Demos início com a Santa Missa concelebrada pelo Côn. Robert Josef Chrzaszcz (Vigário Episcopal), Padre Renato Lima da Silva (Paróquia São João Batista – Rio das Pedras) e Frei Juan José Armazabal (Pároco da Paróquia Santo Agostinho – Barra).





quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Congresso em Aparecida reuniu dois mil catequistas

Catequistas de todo o Brasil se reuniram no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), de 8 a 10 de fevereiro, para o congresso “Catequistas Brasil”. O objetivo da organização do evento, feita pela revista “Paróquias”, foi levar formação para os catequistas a fim de que se dediquem à pastoral de forma evangelizadora e missionária, munidos de estratégias e métodos construtivos que beneficiam na formação dos discípulos de Jesus, e, também, oferecer conhecimentos técnicos e didáticos para capacitar os catequistas, inclusive abordando temas relacionados às novas tecnologias. A revista “Paróquias” publica conteúdos sobre gestão eclesial e prática pastoral.
O evento aconteceu no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, que fica ao lado do santuário, e reuniu cerca de duas mil pessoas. Além da atividade central, uma plenária, contou também com conferências temáticas, oficinas ministradas por catequistas e quatro arenas catequéticas: Conhecimento, Pedagógica, Comunicação e Vocacional, além de tendas para experiências diversas.
“Foram dois mil catequistas reunidos com o único intuito de salvar almas. Porque ninguém tem a catequese como profissão e, sim, como missão. Ninguém ganha dinheiro dando aulas de catequese. Ao mesmo tempo, foi um evento pago. Por ser Aparecida, acabou sendo um custo mais alto porque precisava de hospedagem, entre outras coisas. Então foram pessoas que investiram ou receberam investimento para estar ali pensando em como salvar almas. Isso não tem preço”, afirmou Alexandre Varela, autor do blog “O Catequista” e de livros sobre a fé católica.
Ele foi o último palestrante do evento e falou sobre o papel do catequista nesse momento do pontificado de Francisco.
“Ele é diferente dos outros pontífices. Papa São João Paulo II era muito carismático, mas quando pegávamos para ler seus escritos, percebíamos que ele era extremamente catequético. Bento XVI então nem se fala. Ler as coisas que ele escreve é como ter uma aula. Já Francisco, não. Francisco vai fazer o anúncio. Poderíamos dizer que é o kerigma, mas é um passo antes do kerigma, ainda porque ele faz um anúncio mais sutil, mais primordial. Ele chama. E nosso papel como catequistas é acolher e catequizar”, disse.
O conteúdo do congresso foi elaborado por leigos e religiosos especialistas em catequese, sob a supervisão dos padres Paulo Cesar Gil, da Arquidiocese de São Paulo, membro da Comissão Bíblico-Catequética da CNBB, e João Carlos Almeida, da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (SCJ), conhecido como padre Joãozinho. Eles foram dois dos mais de 80 palestrantes do evento.
“Foi um grande festival de três dias com troca de conhecimentos, shows – porque é legal que as pessoas, de alguma maneira, se confraternizem – e tudo na casa da Mãe Aparecida que, por si só, já é um espetáculo à parte”, elogiou Varela.
Maria Christina Siqueira Veríssimo, catequista da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Pechincha, contou que gostou muito da experiência que teve no evento.
“Eu achei que não tinha perfil para estar entre os jovens e adultos aqui, mas fui mesmo assim e achei a experiência fantástica. Foi maravilhoso! Lindo! As palestras foram ótimas! Valeu muito a pena! Acrescentou-me espiritualmente. Nós já fazemos uma caminhada, e esse congresso complementou essa nossa caminhada. A proposta do encontro de catequese é apresentar Jesus às pessoas através do seu próprio testemunho de vida. E esse testemunho precisa ser compatível com a Palavra e os mandamentos de Deus. E isso tudo foi pregado lá”, pontuou.

Mais informações no site: www.catequistasbrasil.com.br 

Foto: https://catequistasbrasil.com.br/galeria/

Fonte: http://arqrio.org/noticias/detalhes/7310/congresso-em-aparecida-reuniu-dois-mil-catequistas

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Dia Mundial do Doente na Arquidiocese do Rio

A Igreja Católica celebra, no dia 11 de fevereiro, o 27° Dia Mundial do Doente, data instituída pelo então Papa São João Paulo II, no dia 13 de maio de 1992. No dia 11 também é celebrada a memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes – padroeira dos doentes –, e em atenção à data, neste ano de 2019, a Arquidiocese do Rio de Janeiro realizará um tríduo com missas, entre os dias 9 e 11, em todas as paróquias e hospitais da cidade, sob a organização dos agentes da Pastoral da Saúde - missionários da caridade, que levam ternura, palavras de amor e ministram a escuta aos enfermos, seus familiares e profissionais.
Com o tema: “Recebestes de graça, dai de graça” (Mt 10, 8), o dia 9 de fevereiro será marcado pela missa “O Rio Celebra”, no Hospital Mário Kroeff, na Penha, com transmissão ao vivo para todo o Brasil, às 9h, pela RedeVida de Televisão, WebTV Redentor e Rádio Catedral FM 106,7, presidida pelo arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta. Ainda no mesmo dia, o bispo auxiliar e animador da Pastoral da Saúde, Dom Paulo Celso Dias do Nascimento, celebrará a Eucaristia, às 15h, no Hospital Municipal Rocha Faria (HMRF). Ele destacou a importância do Dia Mundial do Enfermo não só em ações pastorais, mas também em atitudes políticas concretas em prol de uma saúde pública digna e mais humanizada.
“A Igreja, voltada também para a Pastoral da Saúde, inicia o ano com essa grande atividade e mobilização para a oração e para a consciência da necessidade de ser presença no mundo da saúde. O Papa Francisco nos apresenta este tema: “Recebestes de graça, dai de graça” (Mt 10, 8), apontando que nós precisamos, cada vez mais, nos lembrar da importância da presença da Igreja junto aos enfermos. Precisamos ser uma Igreja viva, samaritana, em especial, neste tempo em que a saúde pública passa por uma crise tão grande. Precisamos, cada vez mais, nos unirmos para reivindicar uma saúde mais digna para todas as pessoas, sendo presença também na vida comunitária, na construção das políticas públicas, nos conselhos, tendo essa consciência de cidadania e de que a saúde não pode ser apenas um negócio. É preciso resgatar o valor e a importância da saúde pública para todos, justamente para que todos tenham mais vida e mais saúde”, ressaltou Dom Paulo Celso.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Dom Orani celebra 50 anos de profissão monástica

No dia 2 de fevereiro, o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, celebrará o jubileu dos 50 anos de profissão monástica, na Ordem Cisterciense. Serão dois momentos: de manhã,  às 9h, na Catedral de São Sebastião, no Rio, e à noite, na Paróquia São Roque, em São José do Rio Pardo, no interior do Estado de São Paulo, onde ele foi coroinha, catequista, vigário paroquial e pároco.
A paróquia fica anexa ao prédio do mosteiro cisterciense de Nossa Senhora de São Bernardo, onde Dom Orani ingressou, fez os votos e, como monge, foi vice-prior, prior e abade, quando o mosteiro se tornou abadia.

Monge
Em janeiro de 1968, cinco dias antes da criação da Paróquia de São Roque, na Vila Pereira, em São José do Rio Pardo, o jovem Orani ingressou no mosteiro, e um ano mais tarde, em 1969, emitia seu votos simples, para viver na pobreza, na obediência e na castidade, numa opção pelo seguimento radical de Jesus Cristo, através de uma vida de oração e serviço. “Sempre, desde pequeno, Orani pensava na vida consagrada, começando pela consagração monástica. Ele é verdadeiramente um homem de Deus”, declarou a irmã Ondina Tempesta.
Nessa época, ele distinguia-se pela simplicidade e disponibilidade em servir, ou, como descreveu o então abade presidente da congregação: “Dom Orani sempre se distinguiu pelas suas preciosas qualidades humanas, intelectuais, espirituais e pastorais, pelo seu amor à congregação e pelo amor que sempre manifestou à sua consagração monástica”.

Profissão solene
Sua profissão solene aconteceu em 1972, numa celebração presidida pelo então abate presidente, Dom Giovanni Rosavini. Alguns anos mais tarde, em 1994, Dom Giovanni retornaria ao Brasil para presidir os 25 anos de ordenação sacerdotal de Dom Orani.
No mosteiro, ele exerceu o cargo de vice-prior durante 10 anos. Em 1984, foi nomeado prior pelo Capítulo da Congregação em Roma, tendo permanecido até sua elevação a abade, em 1996.
“Durante seu priorado, a comunidade aumentou muito em números, espiritualidade, fraternidade e perseverança”, contou o padre cisterciense Paulo Celso Demartini, atual pároco da Paróquia de São Roque.

Noviciado
Depois de fazer o noviciado em Itaporanga (SP), foi para a capital paulista onde cursou filosofia no Mosteiro São Bento, e também teologia. Adquiriu licença em filosofia pela Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras de São João del-Rei (MG). Tem ainda o título de bacharel em teologia pelo Pontifício Ateneu Salesiano, e certificado de vários outros cursos.

Pároco
Pelo bispo diocesano de São João da Boa Vista (SP), Dom Tómas Vaquero, o monge Orani foi ordenado diácono no dia 25 de março de 1974, e no dia 7 de dezembro do mesmo ano, recebeu o presbiterato.
“Conheci Orani quando ele era padre com poucos anos de ordenação, e eu participava de movimentos em minha paróquia natal. Já nessa época, o zelo pastoral, o espírito missionário e sua disponibilidade em servir eram suas características mais marcantes”, contou o amigo, padre João Paulo Ferreira Ielo, atual pároco da Paróquia Imaculada Conceição, em Mogi-Guaçu (SP).
Em São José do Rio Pardo, Dom Orani foi capelão do Hospital São Vicente e das casas religiosas da cidade; responsável pelas comunidades rurais e ajudou na construção de várias capelas vinculadas à paróquia.
“Tive a alegria de conhecer Dom Orani desde quando ingressou na família cisterciense, em 1968. Tive a honra de preparar sua ordenação diaconal e presbiteral na Paróquia de São Roque. Sempre preocupados com a evangelização do povo, fazíamos junto programas radiofônicos ao vivo, e caminhamos juntos com o mesmo povo na redescoberta maravilhosa da nossa fé cristã, evangelizando a nós mesmos para melhor evangelizar os outros”, contou o irmão de congregação, Agostinho Romano Zacchetti, que foi predecessor de Dom Orani na paróquia.

Bispo
Dom Orani era pároco e abade quando em 1997, foi eleito bispo diocesano de São José do Rio Preto (SP). Seu ministério continuou como arcebispo de Belém do Pará, a partir de 8 de dezembro de 2004, e no dia 19 de abril de 2009 assumiu a arquidiocese carioca. Em 22 de fevereiro de 2014, foi elevado ao cardinalato pelo Papa Francisco, recebendo o título de Cardeal-presbítero de Santa Maria Mãe da Providência, no Monte Verde.

Fonte: http://arqrio.org/noticias/detalhes/7269/dom-orani-celebra-50-anos-de-profissao-monastica

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

“Nós ouvimos e sabemos que Ele é o Salvador do mundo”

O lema acima, extraído do Evangelho segundo João (Jo 4,42) iluminou as reflexões e trabalhos desenvolvidos durante a 4ª Semana Brasileira de Catequese – a serviço da Iniciação à Vida Cristã – sediada no mosteiro de Itaici, entre os dias 14 e 18 de novembro. O evento contou com mais de 430 participantes - clérigos, religiosos e leigos - dedicados à catequese, vindos de todos os cantos do país e do Paraguai, para partilhar suas experiências, aprofundar questões fundamentais e refletir sobre os desafios enfrentados por esse fundamental aspecto da ação evangelizadora da Igreja, que é a Iniciação à Vida Cristã de estilo catecumenal.
O evento, promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, e apoiado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, ofereceu diversas conferências dedicadas às seguintes temáticas: “O anúncio de Jesus Cristo em um mundo plural”, “O seguimento de Jesus e o sentido da vida”, “O Querigma e a transmissão da fé no contexto atual”, “Celebrar e iniciar ao mistério: a liturgia”, “Do encontro com Jesus ao encontro com o irmão: viver em comunidade” e “A catequese na cultura digital: novas linguagens e novo processos de comunicação”. Além das conferências, os participantes tiveram também a oportunidade de participar de oficinas no turno da tarde, que ajudaram a aprofundar temas ligados ao processo catecumenal e serviram também para apresentar novos recursos para a ação evangelizadora, que permitem trabalhar de forma criativa e cativante aspectos da vivência cristã – leitura orante da Palavra, Liturgia, bibliodrama, dentre outros.
Outros momentos de destaque na 4ª SBC foram a homenagem ao Padre Zezinho no final do primeiro dia, por seu trabalho de evangelização e catequese, sobretudo, através da música. Uma retrospectiva afetiva de sua trajetória foi apresentada por seu colega de Congregação, Padre Joãozinho, que também interpretou algumas canções compostas pelo homenageado. A segunda noite do evento foi dedicada ao lançamento de livros dedicados à diversos aspectos da Iniciação à Vida Cristã. Além dos autógrafos e fotos, os autores também tiveram a oportunidade de apresentar as obras e de expor suas trajetórias intelectuais e pastorais. A terceira e última noite foi dedicada a homenagens: cinco importantes nomes da catequese no Brasil tiveram suas trajetórias relembradas e trouxeram inspiração para todos os presentes. Os homenageados foram o Irmão Israel José Nery, Therezinha Motta Lima da Cruz, Marlene Maria Silva, Dom Francisco Javier e o Padre Luiz Alves de Lima.
Pela primeira na história das Semanas Brasileiras de Catequese, o evento contou com a presença de um representante da Santa Sé: o monsenhor Dom Octavio Arenas, secretário do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, que teve a oportunidade de acompanhar todas as atividades e de conviver com os participantes. Além disso, apresentou no 3º dia uma conferência sobre as relações entre Iniciação à Vida Cristã e Nova Evangelização, traçando uma síntese do contexto brasileiro e latino-americano, com seus progressos e desafios pastorais.
Além de todas as atividades previstas, temos também alguns momentos não previstos mas muito ricos, que nascem justamente da interação entre os catequistas de diferentes regiões do país, que se encontram nas refeições e nos intervalos de descanso, e aproveitam para trocar ideias, sugestões, falar de suas experiências, desafios e esperanças. E, apesar da diversidade de temas, podemos destacar um tema em comum que apareceu em todas as conferências e nos momentos litúrgicos: a importância fundamental do encontro entre a pessoa do catequista e a pessoa de Jesus Cristo. É Ele que renova todas as coisas, e é n´Ele que mergulhamos nossos cântaros ao longo desses dias para tê-los plenos de uma viva esperança.
4ª SBC

Texto: Wallace Farias

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

4ª Semana Brasileira de Catequese: o maior evento de catequistas do país

No contexto, sobretudo de novas disposições pastorais, será realizada, de 14 a 18 de novembro de 2018, em Itaici/Indaiatuba (SP), a 4ª Semana Brasileira de Catequese, a serviço da Iniciação à Vida Cristã para a qual estão sendo esperados aproximadamente 450 participantes. Organizada pela Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética e pela Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, ambas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a 4ª Semana trará como lema “nós ouvimos e sabemos que ele é Salvador do mundo” (Jo 4,42).
O texto-base que norteia o evento é o Documento 107 da CNBB: Iniciação à Vida Cristã – Itinerário para formar discípulos missionários. Dele, do seu primeiro capítulo, foi colhido o lema, como revelador da mística a ser vivenciada pelos participantes. O arcebispo de Curitiba e presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, dom José Antonio Peruzzo explica que um dos objetivos gerais da 4ª Semana é compreender a catequese de inspiração catecumenal a serviço da Iniciação à Vida Cristã, buscando novos caminhos para a transmissão da fé, no contexto atual.
Dentro da programação da 4ª Semana, foi pensado um cronograma a partir de aspectos importantes da temática, como por exemplo: “O anúncio de Jesus e os novos interlocutores”. “Os novos são aqueles que ainda não conheceram Jesus Cristo e estão se apresentando a procura dele. E nós precisamos apresentar a pessoa de Jesus. É como um pai que vai falar do seu time ao filho, ele não vai falar de teoria ou esquemas táticos, vai falar das vitórias, das alegrias e das conquistas do seu time de futebol e a criança vai aderir pelo entusiasmo mediante o qual o pai se expressa. No caso dos interlocutores não só apresentar as ideias e os pensamentos de Jesus Cristo, mas apresentar a pessoa de Jesus Cristo”, disse dom Peruzzo.
Outros temas também estarão em evidência no evento, dentre eles: a transmissão da fé no contexto atual; o seguimento de Jesus e o sentido da vida; a liturgia como celebração e iniciação ao mistério; a vida em comunidade que brota do encontro com Jesus; e as novas linguagens da era digital nos processos de transmissão da fé. Um momento muito especial na vivência da 4ª Semana Brasileira de Catequese será a sessão de homenagens que os participantes prestarão a seis pessoas que doam a vida à evangelização.
Como forma de preparação para a 4ª Semana Brasileira de Catequese, a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética preparou um subsídio, com cinco encontros, que antecipam as reflexões gerais do evento em rodas de conversa orante que poderão ser feitas nos grupos de catequistas, conselhos pastorais e pequenas comunidades. É uma maneira de impulsionar a mística à Catequese e aos Catequistas de todo o Brasil. Ele pode ser adquirido no site da Editora da CNBB (clique aqui!).
“Na prece de gratidão a Deus pelo dom da vida, vocação e missão de cada um desses nossos irmãos, manifestaremos nossa alegria por todos os Catequistas do Brasil que respondem com generosidade a Deus que chama a cada um para viver e transmitir a fé. Será mais uma oportunidade para dizer que nós ouvimos e sabemos que Ele (Jesus) é o Salvador do mundo”, finaliza padre Antonio Marcos Depizzoli, assessor da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB.
Confira a programação completa do evento no site da Comissão (acesse aqui!).


Fonte: http://www.cnbb.org.br/menos-de-um-mes-para-o-maior-evento-de-catequistas-do-pais-a-4a-semana-brasileira-de-catequese/

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Começou hoje o Círio de Nazaré

De 31 de agosto a 2 de setembro, o Rio de Janeiro estará recebendo a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, a padroeira do povo paraense e a Rainha da Amazônia. A 10ª edição do Círio de Nazaré Rio, como ficou conhecido, tem como tema neste ano: “Uma jovem chamada Maria”.
A primeira visita da imagem peregrina no Rio aconteceu em 2009. Foi uma iniciativa da diretoria do Círio de Nazaré, de Belém, com o apoio do então arcebispo de Belém, Dom Orani João Tempesta, depois arcebispo do Rio, de visitar as capitais do Brasil, que depois se expandiu para outras cidades e regiões.

Saquarema
Pelo que se tem notícia, a devoção a Nossa Senhora de Nazaré chegou ao Estado do Rio de Janeiro no dia 8 de setembro de 1630, após uma grande tempestade. Um pescador saiu para ver suas redes no mar de Saquarema e, ao passar diante de um morro, onde hoje está erguida a Igreja dedicada a Nossa Senhora de Nazaré, viu uma forte luz e foi verificar o que era. No local do brilho, ele encontrou a imagem da Virgem Maria e levou para casa. No dia seguinte, a imagem reapareceu no local onde havia sido encontrada. Isso aconteceu por duas vezes. Todos entenderam que era para construir uma capela naquele local. Muitos milagres aconteceram a partir de então, e a capela ficou pequena, sendo necessário construir uma igreja bem maior.

Belém do Pará
A Festa do Círio de Nazaré em Belém do Pará, na região Norte do Brasil, foi precedida pela Vigia de Nazaré. Porém, ela tornou-se conhecida e celebrada como solenidade em Belém do Pará desde 1793, e hoje, conta com a participação de mais de 2 milhões de pessoas no segundo domingo de outubro. Mas ao todo são 12 procissões (romarias) durante o mês de outubro que marcam a vida, a fé e a cultura paraenses. O nome Círio vem das velas que acompanham a procissão, hoje a da transladação no sábado à noite. Círio é uma palavra que significa vela grande. A devoção à Senhora de Nazaré iniciou-se com o encontro da imagem pelo jovem Plácido. Até hoje essa imagem se encontra na Basílica Santuário, como testemunho de um povo devoto, e se tornou a maior festa católica do mundo dedicada à Mãe de Jesus.

Programação

Sexta-feira, dia 31 de agosto
6h40 - Chegada da imagem no Galeão
7h30 - Recepção na Base Aérea (Oração)
8h30 - Entrega da imagem à Arquidiocese de Niterói
12h - Missa na Catedral de São João Batista, em Niterói
13h30 - Entrega da imagem pela Arquidiocese de Niterói à Arquidiocese do Rio
14h30 - Visita à Dufry do Brasil
15h30 - Deslocamento marítimo para Paquetá
19h30 - Saída de Paquetá

Sábado, dia 1° de setembro
9h - Missa “O Rio Celebra” - Apresentação do bispo coadjutor de Nova Iguaçu, Dom Gilson Andrade da Silva, na Catedral de Santo Antônio, Avenida Marechal Floriano Peixoto, 2.264 - em Nova Iguaçu.
12h30 - Capela Nossa Senhora de Nazaré, Rua São Marcelo, 15 - Camorim.
14h30 - Visita à Paróquia Nossa Senhora do Loreto, Ladeira da Freguesia, 375 - Freguesia
15h30 - Visita à Casa Nossa Senhora de Belém, Rua Edgar Werneck, 217 - Pechincha
16h - Terço no Colégio Santo Antônio, Rua Edgar Werneck, 431 - Pechincha
17h30 - Missa e Crisma na Paróquia Jesus de Nazaré - Rua Ivanildo Alves, 83 - Maré - Bonsucesso
20h - Chegada à Igreja Nossa Senhora de Nazaré, Anchieta (acolhimento, missa e vigília durante toda a noite)

Domingo, dia 2 de setembro
9h - Missa na Igreja São Paulo Apóstolo, Rua Barão de Ipanema, 85 - Copacabana
10h30 - Visita ao Instituto Brando Barbosa (IBB), na Rua Lopes Quintas, Jardim Botânico, com o lançamento do livro ‘Guarda o Círio de Nazaré’, da fotógrafa paulista Soraya Montanheiro.
11h45 - Missa na Basílica Santuário de São Sebastião - Rua Haddock Lobo, 266 - Tijuca
13h30 - Visita ao Centro de Tradições Nordestinas, São Cristóvão
15h30 - Visita à Capela Nossa Senhora de Nazaré, Praça Amazônia, s/n - Cacuia
17h - Chegada na Paróquia Nossa Senhora de Nazaré e Santos Mártires Ugandenses, Acari (MiniCírio, em seguida missa)

Foto: Gustavo de Oliveira

Fonte: http://arqrio.org/noticias/detalhes/6925/rio-recebe-visita-da-padroeira-dos-paraenses