quarta-feira, 27 de março de 2013

Quarta Feira Santa


OFÍCIO DAS TREVAS

 O nome deriva-se de três situações de trevas:
1 – As trevas naturais de meia-noite ao anoitecer, ou seja, as horas destinadas à recitação do ofício, lembrando as palavras de Cristo preso nas trevas da noite: “Esta é a vossa hora e do poder das trevas” (Lc 22,53).
2 – As trevas litúrgicas, quando durante as cerimônias da paixão apagam-se todas as luzes na igreja, exceto uma.
3 – As trevas simbólicas da paixão.
Canta-se este ofício ao cair da noite. Por este motivo o auxílio das luzes de velas torna-se indispensável. No coro é colocado um candelabro de quinze velas. Uma delas é de cor branca. No final de cada um dos Salmos, que vão sendo cantados, apaga-se uma vela. Ao mesmo tempo, as luzes da igreja vão sendo apagadas. As velas vão sendo apagadas sucessivamente, até restar apenas uma, a branca. Esta vela não será apagada. Continuará acesa e será levada para trás do altar. Ao término do ofício, o oficiante e os que o seguem, fecham o livro com estrépito.
As velas que vão se apagando representam os discípulos, que pouco a pouco abandonaram Nosso Senhor Jesus Cristo durante a Paixão. A vela branca escondida atrás do altar e, mais tarde, outra vez visível, significa Nosso Senhor que, por breve tempo, se retira do meio dos homens e baixa ao túmulo, para reaparecer, pouco depois, fulgurante de luz e de glória. No fim, apagam-se as luzes para simbolizar o luto da Igreja e a escuridão que baixou sobre a terra quando Nosso Senhor morreu. O ruído no fim do ofício de trevas significa o terremoto e a perturbação dos inimigos e recordam a desordem que sucedeu na natureza, com a morte de Nosso Senhor.

Fonte: Revista Pegadas