Nesta
quarta-feira, dia 16 de outubro, mais uma vez a Praça São Pedro ficou lotada
para a Audiência Geral com o Papa Francisco. Antes das 10h, o Pontífice já
estava em meio aos fiéis, a bordo do seu jipe, para cumprimentá-los com
bênçãos, carinhos e aperto de mãos. Em sua catequese, o Papa falou de mais uma
característica da Igreja professada no Credo: a apostolicidade.
Professar
que a Igreja é apostólica, explicou Francisco, significa destacar o elo
profundo, constitutivo que ela tem com os Apóstolos. “Apostolo” é uma palavra
grega que quer dizer “mandado”, “enviado”. Os Apóstolos foram escolhidos,
chamados e enviados por Jesus, para continuar a sua obra. Partindo desta
explicação, o Papa destacou brevemente três significados do adjetivo
“apostólica” aplicado à Igreja.
Em
primeiro lugar, a Igreja é apostólica porque está fundada sobre a pregação dos
Apóstolos, que conviveram com Cristo e foram testemunhas da sua morte e
ressurreição. “Sem Jesus, a Igreja não existe. Ele é a base e o fundamento da
Igreja”, recordou o Papa, afirmando que a Igreja é como uma planta, que
cresceu, se desenvolveu e deu frutos ao longo dos séculos, mas mantêm suas
raízes bem firmes em Cristo.
Em segundo
lugar, a Igreja é apostólica, porque Ela guarda e transmite, com ajuda do
Espírito Santo, os ensinamentos recebidos dos Apóstolos, dando-nos a certeza de
que aquilo em que acreditamos é realmente o que Cristo nos comunicou.
“Ele é o
ressuscitado e suas palavras jamais passam, porque Ele está vivo. Hoje Ele está
entre nós, está aqui, nos ouve. Ele está no nosso coração. E esta é a beleza da
Igreja. Já pensamos em quanto é importante este dom que Cristo nos fez, o dom
da Igreja, onde podemos encontrá-Lo? Já pensamos que é justamente a Igreja – no
seu longo caminhar nesses séculos, apesar das dificuldades, dos problemas, das
fraquezas, os nossos pecados – que nos transmite a autêntica mensagem de Cristo?”
Enfim, a
Igreja é apostólica porque é enviada a levar o Evangelho a todo o mundo. Esta é
uma grande responsabilidade que somos chamados a redescobrir: a Igreja é
missionária e não pode ficar fechada em si mesma.
“Insisto
sobre este aspecto da missionariedade, porque Cristo convida todos a irem ao
encontro dos outros. Nos envia, nos pede que nos movamos para levar a alegria
do Evangelho. Devemos nos perguntar: somos missionários ou somos cristãos de
sacristia, só de palavras mas que vivem como pagãos? Isso não é uma crítica,
também eu me questiono. A Igreja tem suas raízes, mas olha sempre para o
futuro, com a consciência de ser enviada por Jesus. Uma Igreja fechada trai sua
própria identidade. Redescubramos hoje toda a beleza e a responsabilidade de
ser Igreja apostólica.”
Após a
catequese, o Pontífice saudou os peregrinos de língua portuguesa, em especial
os fiéis brasileiros de São José dos Campos, Santos e São Paulo. Em polonês,
recordou os 35 anos da eleição à Sé de Pedro de João Paulo II.
Fonte: arqrio.org