quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Arquidiocese faz anúncio e lança livreto da Campanha da Fraternidade 2020

Em preparação ao período da Quaresma, a Arquidiocese do Rio de Janeiro fez, nesta semana, o anúncio da Campanha da Fraternidade, e lançou o livreto de reflexões e orações, preparado pela coordenação arquidiocesana de pastoral, contendo cinco encontros, a Hora Santa e a Via-Sacra.
O anúncio aconteceu durante missa presidida pelo Cardeal Orani João Tempesta, no dia 15 de fevereiro, realizada na Catedral de São Sebastião, no Centro, seguida de encontro de formação, sob a coordenação do Vicariato Episcopal para a Caridade Social.
Neste ano de 2020, a Campanha da Fraternidade convida os fiéis a olharem de modo mais atento e detalhado para a vida. Com o tema: “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” e o lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34), busca conscientizar, à luz da Palavra de Deus, para o sentido da vida como dom e compromisso, que se traduz em relações de mútuo cuidado entre as pessoas, na família, na comunidade, na sociedade e no planeta, casa comum.
Segundo o vigário episcopal para a Caridade Social, monsenhor Manuel Manangão, o material aprovado neste ano para a campanha, desenvolvido a partir da parábola do bom samaritano, deve inspirar as pessoas a serem elementos de transformação na vida dos outros.
“A Campanha da Fraternidade foi pensada para ser um elemento dentro da Quaresma. Mesmo falando sobre muitos temas, nosso objetivo é motivar a conversão. Dessa vez não tem como escapar, pois lembramos as muitas angústias, os muitos caídos à beira da estrada, as muitas situações em que as pessoas fecham as portas, se escusam de parar para ajudar e, ao mesmo tempo, coloca como central a figura do bom samaritano, que é alguém que interrompe seu caminhar e suas preocupações para ajudar alguém que ficou ferido na beira da estrada e perdeu tudo”, disse.
A parábola lembra de não passar com indiferença pela dor do outro, pois quando Deus fala em amar o próximo como a si mesmo, isso se estende a todos e todas. Uma das melhores personificações desta mensagem talvez tenha sido Santa Dulce dos Pobres, canonizada no ano passado. A primeira santa brasileira é homenageada nos materiais da Campanha da Fraternidade de 2020.
“A campanha é uma oportunidade de unir as diversas ações e pastorais da Igreja. Se por um lado as ações têm ficado muito no âmbito da Pastoral Social, eu vejo nessa campanha uma oportunidade de, no momento histórico que vivemos, trabalharmos com todas as pastorais. Nós percebemos que não é um mundo dividido em que de um lado estão as pastorais que falam para dentro da Igreja e, do outro lado, as pastorais que falam para o lado social, destacou.
Ele recordou o pensamento do Papa emérito, Bento XVI, que defende a união entre a anúncio, a celebração e a caridade: “O Papa Bento XVI que fala da Igreja como um tripé: anunciar de um lado, celebrar do outro e viver a caridade da Igreja do outro. O tripé só fica em pé com as três pernas juntas. Essa integração é necessária, e o documento apresentado pela CNBB para a campanha desse ano vislumbra isso: resgatar uma comunhão e uma unidade de ação entre todas as pastorais”, afirmou.
Além da união das pastorais, a campanha também oferece a oportunidade de unir as diferentes paróquias e vicariatos em torno de um mesmo tema.
É um momento de trabalho mais intenso, de renovação da maneira como organizamos a pastoral social de toda a arquidiocese. No mês de dezembro, nos reunimos com os coordenadores vicariais da campanha, na qual foi traçado um plano de ação que envolveu todos os vicariatos e foranias para animar as paróquias a viverem o conteúdo do material. Agora, em preparação ao lançamento da campanha, tivemos uma manhã de formação, na qual apresentamos o tema da campanha de maneira mais esmiuçada”, declarou.
A Campanha da Fraternidade de 2020 começará na Quarta-feira de Cinzas, dia 26 de fevereiro, indo até dia 9 de abril, quando se encerra a Quaresma. Os materiais da campanha estão disponíveis nas paróquias da Arquidiocese do Rio.

Coleta Nacional
No dia 5 de abril, Domingo de Ramos, a Igreja no Brasil realiza a Coleta Nacional da Solidariedade, um gesto concreto, por meio do qual os fiéis demonstram seu comprometimento com a evangelização e a promoção da dignidade dos pobres e oprimidos.
Do montante arrecadado na Coleta, 60% são utilizados para dar apoio a projetos sociais da própria arquidiocese. Com esses 60%, a Cáritas Diocesana administra esse fundo, apoiando e criando projetos sociais em toda a Arquidiocese do Rio. E 40% vão para o Fundo Nacional de Solidariedade, gerido pela própria CNBB. O dinheiro é utilizado no fortalecimento da solidariedade entre as diferentes regiões do país, em projetos sociais aprovados pela CNBB, a cada ano.