segunda-feira, 12 de setembro de 2022

 

III Congresso Internacional de Catequistas.


O Santo Padre deu as boas-vindas aos catequistas que participaram do III Congresso Internacional de Catequistas e os encorajou a viver uma experiência de fé




De 8 a 11 de setembro, cerca de 1400 catequistas do mundo inteiro participaram no Vaticano do 3º Congresso Internacional de Catequese com o tema: " O Catequista, testemunha da Vida Nova em Cristo".

Organizado pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização (CPPNE), órgão da Santa Sé com a responsabilidade do setor da catequese, a iniciativa vai contar com catequistas de todo o mundo e refletir sobre o “lugar e o papel” destes agentes numa Igreja que se pretende, cada vez mais, sinodal.


Sob o tema "O Catequista, testemunha da Vida Nova em Cristo", mais de mil catequistas de 81 países, dos 5 continentes, participam do III Congresso Internacional de Catequistas em Roma, uma iniciativa do Dicastério para a Evangelização do Vaticano. O evento começou na quinta-feira (8) com o objetivo de analisar a "vocação do catequista" a partir do ministério recém-criado na Igreja, além de apresentar as boas práticas de evangelização.

No dia de abertura do evento, os catequistas celebraram a eucaristia na Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma. O bispo de Aveiro e presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, dom António Moiteiro, disse que a vocação do catequista exige “um sim diário, a exemplo de Maria”. “Não nos esquecemos que o nosso ‘sim’ ao Senhor não foi dado uma vez. Tal como Maria disse ‘sim’ e não sabia o que lhe aconteceria nos anos de vida de Jesus, também o nosso é um ‘sim’ que se vai dizendo em tantos e tantos momentos ao longo da vida”.


Papa: nunca se cansem de serem catequistas e de transmitir uma fé viva

O Papa Francisco recebeu na Sala Paulo VI os participantes do III Congresso Internacional de Catequese na Sala Paulo VI: que o amor seja o "critério de juízo de nosso agir moral". O convite a "encontrar os melhores caminhos para que a comunicação da fé seja adequada à idade e à preparação de quem nos ouve". Também a recordação da freira e das duas senhoras que o prepararam para a Primeira Comunhão.

“Nunca se cansem de ser catequista. Não de 'fazer a lição' de catequistas, isso não. Oferecer... O dedo? No bolso... A catequese não pode ser como uma hora de escola, mas é uma experiência viva de fé”.

O Papa Francisco recebeu na manhã deste sábado, 10, na Sala Paulo VI cerca de 1.400 catequistas de todo o mundo reunidos no Vaticano para o terceiro Congresso internacional de catequese. E agradeceu a eles o "empenho na transmissão da fé", que é uma importante "responsabilidade" para com as crianças, jovens e adultos que "pedem para realizar um caminho de fé".
O "ministério" dos catequistas


O papel desempenhado pelos catequistas dentro da comunidade cristã é, de fato, um "grande papel". Por essa razão o Papa, em 10 de maio de 2021, com o Motu proprio Antiquum ministerium, instituiu formalmente o “ministério” do catequista. Um reconhecimento pela "presença" de leigos e leigas que, em virtude do batismo, colaboram no serviço da evangelização em um mundo que vê "o impor-se de uma cultura globalizada".

Com uma Editio typica, também no ano passado, o Papa havia introduzido um Rito específico com o qual cada bispo do mundo, a partir de 1º de janeiro de 2022, pode instituir catequistas durante uma celebração litúrgica. Isso também é um sinal para conferir maior dignidade a quem desempenha essa missão que, como sempre disse o Pontífice, não é um trabalho, mas uma "vocação".
Uma vocação que diz respeito a todos os crentes, incluindo bispos, sacerdotes, pessoas consagradas, "porque o Senhor nos chama a todos a fazer ressoar o seu Evangelho no coração de cada pessoa", afirmou o Pontífice no seu pronunciamento neste sábado. 
É um entusiasmo que o Papa Francisco faz votos que não se perca: “Por favor - diz aos participantes do Congresso - não se cansem de ser catequistas. Não 'dar a lição da catequese'". Claro, sublinha, é preciso encontrar as melhores formas para que a comunicação da fé seja “adequada” à idade e à preparação das pessoas que nos ouvem. Mas sobretudo, é decisivo "o encontro pessoal que temos com cada um deles", porque este "abre o coração para acolher o primeiro anúncio e desejar crescer na vida cristã com o dinamismo que a catequese nos permite realizar". Neste sentido, o novo Diretório para a Catequese entregue nos meses passados será “muito útil”, diz o Papa, para entender “como renovar a catequese nas dioceses e paróquias”.

Francisco também cita o Catecismo da Igreja Católica para recordar aos catequistas o chamado a ser "testemunhas de vida nova":
Nunca esquecer que a finalidade da catequese, que é uma etapa privilegiada da evangelização, é ir ao encontro de Jesus Cristo e deixá-lo crescer em nós.

O verdadeiro e único mandamento desta "nova vida" é o "amor". Aquele "que vem de Deus e que Jesus revelou com o mistério da sua presença entre nós". “Queridos catequistas, vocês são chamados a tornar visível e tangível a pessoa de Jesus Cristo, que ama cada um de vocês e por isso se torna regra de nossa vida e critério de julgamento de nossa ação moral. Nunca se afastem desta fonte de amor, porque é a condição para ser felizes e cheios de alegria sempre e apesar de tudo”.

Vatican News - Salvatore Cernuzio - Cidade do Vaticano