A primeira encíclica do Papa
Francisco foi apresentada nesta sexta-feira, 5 de julho, em coletiva de
imprensa no Vaticano. Intitulada Lumen fidei, “A luz da fé”, o documento é
dirigido aos bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas e a todos os
fiéis leigos e busca recuperar o caráter de luz específico da fé, capaz de
iluminar a existência humana.
O
documento é o primeiro a ser escrito por dois Papas. Ele começou a ser
desenvolvido pelo Papa Emérito Bento XVI e depois contou com a contribuição do
atual Papa, Francisco.
— À
trilogia de Bento XVI sobre virtudes teologais faltava um pilar. A Providência
quis que o pilar que faltava fosse um presente do Papa emérito ao seu sucessor
e ao mesmo tempo um símbolo de unidade, porque assumindo e levando ao
cumprimento a obra iniciada pelo seu predecessor, Papa Francisco dá testemunho
com ele da unidade da fé, declarou o Prefeito da Congregação dos Bispos,
Cardeal Marc Ouellet, presente na coletiva.
Segundo
escreve o Santo Padre na encíclica, a fé é um bem comum que ajuda a edificar a
sociedade, levando a esperança. E este é o coração da Lumen fidei. “Numa época
como a nossa, a moderna – escreve o Papa – em que o acreditar se opõe ao
pesquisar e a fé é vista como um salto no vazio que impede a liberdade do
homem, é importante ter fé e confiar, com humildade e coragem, ao amor
misericordioso de Deus, que endireita as distorções da nossa história”.
Para o
Cardeal Ouellet, a encíclica apresenta verdadeiramente a fé cristã como uma luz
proveniente da escuta da Palavra de Deus na história. “Uma luz que mostra o
amor de Deus no trabalho para fazer uma aliança com a humanidade”
Fonte: arqrio.org