Na Sala Paulo VI, o Papa recebeu cerca de
sete mil fiéis para a Audiência Geral desta quarta-feira (04/02).
Sob o som de “Solo lo pido a Dios”, tocado ao
vivo na Sala, o Papa percorreu o corredor central para saudar e receber o
carinho dos peregrinos, que saúdam entusiasmados o Pontífice.
Em sua catequese, o Papa voltou a falar do
papel dos pais na família, desta vez ressaltando os aspectos positivos. “Toda
família necessita do pai”, constatou Francisco, que se inspirou nas seguintes
palavras do Livro dos Provérbios: “Meu filho, se o teu coração é sábio, meu
coração também se alegrará”.
“Este pai não diz que se orgulha porque o
filho é como ele”, explicou o Papa, mas diz algo bem mais importante, isto é:
que se alegra toda vez que o filho age com sabedoria e retidão. E um pai sabe
bem quanto custa transmitir esta herança. Proximidade, doçura e firmeza são
atitudes necessárias – e que só podem ser manifestadas com um pai presente na
família.
“O pai deve estar próximo da mulher, para
compartilhar tudo, alegrias e tristezas, fadigas e esperanças. E deve estar
próximo dos filhos em seu crescimento: quando brincam e quando se empenham,
quando ousam ou hesitam, quando erram e voltam atrás. Pai presente, sempre!
Presente não significa controlador, pois pode anular o filho”, advertiu.
Francisco cita também como exemplo o pai da
parábola do filho pródigo. “Quanta dignidade e ternura naquele pai que espera à
porta de casa que o filho regresse!” Um bom pai sabe esperar e sabe perdoar, do
profundo do coração. Certamente, sabe também corrigir com firmeza, sem
sentimentalismos. O pai que sabe corrigir sem humilhar, é o mesmo que sabe
proteger sem poupar-se.
“Punir na medida justa”, disse Francisco,
lembrando de um pai que disse, numa reunião de casais, que jamais batia no
rosto dos filhos para não humilhá-los. Depois de experiências e falências,
voltar para casa e não encontrar um pai pode provocar feridas difíceis de serem
curadas.
Por fim, o Pontífice garantiu a proximidade
da Igreja a todos os pais:
“A Igreja, portanto, está empenhada em apoiar
com todas as suas forças a presença generosa dos pais nas famílias, porque eles
são para as novas gerações custódios e mediadores insubstituíveis da fé na
bondade, na justiça e na proteção de Deus, como São José.”
Fonte:
http://arqrio.org/noticias/detalhes/2959/audiencia-geral-os-pais-devem-ser-doces-e-firmes-com-os-filhos